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Alina Pash admitiu as ilegalidades que levaram à exclusão da Eurovisão 2022

Alina Pash admitiu as ilegalidades que levaram à exclusão da Eurovisão 2022 Créditos da imagem: UA:PBC
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Uma das grandes polémicas durante a «época» das seleções nacionais para o Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2022 veio da UcrâniaAlina Pash ganhou o Vidbir, mas acabou impedida de representar o país devido a uma deslocação à Crimeia atravessando a fronteira russa de forma ilegal.

Na altura, a artista apresentou documentação para validar a sua deslocação, mas as autoridades garantiram ser falsificada. Alina Pash acabou por se retirar voluntariamente do ESC mesmo antes da decisão da emissora UA:PBC a excluir, por querer colocar um ponto final a toda a polémica.

Porém, agora, a cantora afirmou numa entrevista à imprensa ucraniana publicada na plataforma Medium que houve ilegalidades, começando por explicar como surgiu a viagem: ““Em 2015 trabalhei no coro de Iryna Bilyk e, pelo contrato, não podíamos recusar um dos trabalhos dela. […]. Nesse ano ela foi à Crimeia para atuar no casamento de um amigo dela. Metade da equipa foi para a península de autocarro, metade voou desde a Rússia. Depois tivemos muitos outros concertos, voos e viagens, por isso não me lembro bem de como lá chegámos. Não tenho qualquer marca no meu passaporte. Sim, provavelmente foi um voo desde a Rússia, porque mais ou menos na mesma altura fiz uma publicação no Facebook a queixar-me dos serviços da Aeroflot. Não sabia que esta era uma violação da lei da Ucrânia sobre atravessar a fronteira administrativa, que podia legalizar a ocupação da Crimeia”.

No seguimento das suas explicações acerca do caso, Alina Pash assumiu não só que errou ao falar do assunto, como também mentiu em público: “Na seleção nacional, a equipa insistiu que eu precisava de ficar o mais livre possível como se tudo fosse legal, porque caso contrário não teria permissão para ir à Eurovisão. Embora agora entenda que foi um erro comentar sobre esta viagem. Estive em contacto com pessoas que estavam na equipa de Iryna Bilyk, descobri como alguém foi descobrir como lá cheguei. Agora não quero que isto pareça uma desculpa. No entanto, em algum momento disse mentiras sobre chegar à Crimeia. É por isso que quero pedir desculpa ao público. Não tenho mesmo certeza de como isto aconteceu verdadeiramente”.

Já nas redes sociais, a artista pediu desculpa por tudo, escrevendo: “Assumo total responsabilidade pela situação, peço desculpa ao público e à sociedade. Os comentários sobre atravessar a fronteira com a Crimeia: disse uma mentira numa entrevista em público, peço desculpa à emissora e ao público por isto. Todas as minhas ações que direta ou indiretamente legitimaram a ocupação da Crimeia e da guerra Rússia contra a Ucrânia: peço desculpa à sociedade por estas ações. […]. Claro que não espero compreensão ou amor por uma vez – sei que o tempo e as minhas ações dirão o melhor. Estou a seguir em frente, tentarei merecer a confiança e respeito a todos os que me puseram uma cruz com a minha criatividade a atividade”.

Sobre o autor

Bernardo Matias

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