A União Europeia endereçou uma carta à União Europeia de Radiodifusão (EBU) na sequência da interdição da bandeira do bloco comunitário na Malmö Arena, durante a final do Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2024.
A missiva publicada pelo Politico, assinada pelo vice-presidente da Comissão Europeia Margaritis Schinas, é endereçada a Delphine ernotte Cunci (presidente da EBU) e a Martin Österdahl (Diretor de Eventos ao Vivo e supervisor-executivo do ESC). E o governante europeu começou por dizer:
– Durante cerca de sete décadas, o Festival Eurovisão da Canção incorporou os valores da diversidade e intercâmbio cultural – valores partilhados e defendidos pela União Europeia. Como vice-presidente da Comissão Europeia responsável por, entre outras coisas, a política cultural, foi com lamento que soube da política aplicada pela EBU este ano de proibir participantes de agitarem a bandeira da UE durante a final do Festival Eurovisão da Canção. Tais ações ensombraram o que é suposto ser uma ocasião de alegria para os povos pela Europa e pelo mundo se juntarem em celebração”.
No entender de Margaritis Schinas, a situação desacreditou um símbolo europeu e de união numa altura delicada: “A menos de um mês das eleições europeias e em tempos de turbulência geopolítica, com a UE a ser alvo de atores maliciosos e autoritários, a decisão da EBU contribuiu para desacreditar um símbolo que junta todos os europeus. Sobretudo quando posto em contraste com os Jogos Olímpicos Paris 2024, onde o COI [Comité Olímpico Internacional] permitiu a exibição de bandeiras da UE em todas as infraestruturas e cerimónias de premiação”.
O vice-presidente da Comissão Europeu questionou a incoerência da EBU e pediu esclarecimentos: “A incoerência na posição da EBU deixou-me a mim e a milhões dos vossos espectadores a questionar o quê e quem defende o Festival Eurovisão da Canção. Gostaria de vos pedir para explicarem a razão por trás desta decisão e atribuir a responsabilidade a quem de direito. Eu esperaria ver os valores da paz, tolerância e inclusão a merecerem maior consideração no futuro. Espero receber a vossa resposta”.
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