Créditos da imagem: Corinne Cumming / EBU Este ano, os ensaios individuais do Festival Eurovisão da Canção (ESC) foram à porta fechada para a imprensa, sendo também retiradas do programa as conferências de imprensa após o primeiro ensaio de cada artista. Para além disso, a conferência de imprensa depois do segundo ensaio foi substituída por uma entrevista unilateral publicada nas redes sociais do certame.
Martin Österdahl, supervisor-executivo do certame, foi questionado em conferência de imprensa acerca dos motivos destas alterações, citando dois motivos principais – desde logo financeiros: “O motivo pelo qual fizemos essas mudanças é sobretudo uma combinação de duas coisas. A primeira é – e percebo que talvez seja difícil de explicar, mas também espero que possam respeitar – acolher o Festival Eurovisão da Canção é um desafio fenomenal para qualquer emissora anfitriã, para qualquer organização de media de serviço público na Europa. Estamos agora com o nosso maior membro, a BBC, e estivemos numa situação em que há uma crise económica, há uma crise de custo de vida, há inflação elevada. Precisamos de trabalhar em como tornar este evento mais sustentável financeiramente e esse é um dos principais motivos pelos quais as mudanças foram feitas”.
O sueco vincou também a pretensão de proteger os artistas de cobertura mediática tóxica: “A outra coisa, que é igualmente importante para nós, e serei muito honesto sobre isto. Vimos muita cobertura tóxica em torno do Festival, em particular na fase inicial dos ensaios. E precisamos de cuidar do bem-estar mental dos nossos artistas. Temos de recordar que este é o maior palco do mundo, é também o maior palco em que eles alguma vez estarão. Alguns deles são muito novos, e este ano temos alguns exemplos disso. E mesmo se não forem jovens, nem sempre estão preparados para serem apresentados ao mundo. E foi por isso que mantivemos mais fechado na fase inicial dos ensaios”.
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