Destaque secundário Festival Eurovisão da Canção ESC 2023

EBU e BBC explicam por que e como o novo formato de anúncio dos finalistas da Eurovisão não avançou

EBU e BBC explicam por que e como o novo formato de anúncio dos finalistas da Eurovisão não avançou Créditos da imagem: Corinne Cumming / EBU
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O ensaio geral para a primeira semifinal do Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2023 incluiu a experiência de um novo formato de anúncio dos apurados. Os artistas estiveram todos alinhados no palco, de pé, em vez de esperarem na green room, ao estilo X Factor. No entanto, o conceito foi logo descartado.

Numa entrevista ao podcast The Euro Trip, o supervisor-executivo, Martin Österdahl, explicou que se procura introduzir constantemente novos elementos no espetáculo e, neste caso, não houve sucesso:

– Todos os anos a emissora anfitriã e o produtor querem experimentar coisas novas. Também queremos trabalhar com o desenvolvimento criativo dos espetáculos. […]. Normalmente dizemos que queremos ajustar dez por cento todos os anos. […]. Quando experimentámos isto sentimos que não foi uma melhoria, por isso a decisão foi não o fazer”.

Sobre a possibilidade de a final voltar a ter apenas votos do público, Martin Österdahl não descartou a possibilidade: “Veremos. Gostaria de ir passo a passo. Revemos sempre as regras e o regulamento inteiro do Festival Eurovisão da Canção anualmente. Portanto, se experimentarmos uma coisa num ano, não significa necessariamente que vai ser assim para sempre”.

Já numa conferência de imprensa, o diretor de gestão da emissora anfitriã BBC, Martin Green, aprofundou sobre o assunto do teste com o formato de anúncio dos apurados: “Um dos sinais de uma boa equipa criativa não é só eles darem palmadinhas nas costas e andarem a dizer «somos maravilhosos», mas por vezes olharem uns para os outros e dizerem: «Meu Deus, foi um horror, não vamos fazer isso». Mas penso que ainda deves procurar mudança, porque nove em cada dez vezes a mudança será boa. O facto é: tivemos uma ideia, testámo-la no escritório, testámos com os stand-ins, gostámos mesmo. E no momento em que tivemos os participantes lá, deixámos de gostar. Todos vieram ao camião posteriormente e olharam uns para os outros, «bem, isto não resulta, pois não?». E todos disseram que não. E, portanto, dissemos que não o íamos fazer. E eu defendo mudança e experimentar coisas desde que olhem uns para os outros e saibam que se não resultar, há a confiança de ser capaz de dizer «não, o primeiro foi melhor». E louvo a equipa por fazer isso. Temos outras coisas no espetáculo: o pequeno plano de câmara nos bastidores antes de eles [artistas] entrarem, penso que é bom, temos muitas reações. […]. Portanto, procurem mudança, só não esperem que resulte sempre”.

Sobre o autor

Bernardo Matias

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