
© Sarah Louise Bennett / EBU
Estão encontrados os primeiros dez finalistas do Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2025. A primeira semifinal decorreu esta terça-feira no St. Jakobshalle em Basileia (Suíça), com algumas surpresas e muita emoção.
O resumo do espetáculo
Duas canções vencedoras do ESC, Arcade e The Code, estiveram em destaque na abertura da semifinal, mas em versões diferentes tocadas em canto tirolês e tromba alpina. Depois, Hazel Brugger e Sandra Studer fizeram as habituais introduções e abertura do certame antes das canções a concurso.
- 01. Islândia: Væb, RÓA
- Postcard: Rapperswil
- Atuação: Vestidos de prateado, Væb estiveram acompanhados de três dançarinos. Muito aproveitamento do jogo de luzes e uma coreografia contagiante para abrir de forma muito animada e bem-disposta.
- 02. Polónia: Justyna Steczkowska, Gaja
- Postcard: Laax, Grisons
- Atuação: Justyna Steczkowska esteve em palco com quatro dançarinos, na parte principal do mesmo. Os ecrãs LED foram preenchidos constantemente com gráficos diversos (aparece até um dragão!). Mais no fim da atuação, a intérprete surgiu pendurada em duas cordas, num dos momentos marcantes de toda a atuação em que a pirotecnia não faltou.
- 03. Eslovénia: Klemen, How Much Time Do We Have Left
- Postcard: Alp Raguta
- Atuação: Na primeira balada da noite, Klemen esteve num palco em que as luzes deram o efeito de estrelas, portando um vestido preto com brilhantes. A certa fase, Klemen esteve de cabeça para baixo, suportado por dois dançarinos. Os tons quentes dominaram, com o intérprete a terminar ao lado de uma mulher.
- 04. Estónia: Tommy Cash, Espresso Macchiato
- Postcard: Basileia
- Atuação: A Estónia trouxe uma das propostas mais irreverentes e inusitadas. Tommy Cash começou num cenário de cafetaria (bem apropriado à canção…), mas os gráficos foram diversificados (até um avião a dançar apareceu!). Com o intérprete estiveram quatro dançarinos personificando seguranças que, a certo ponto, agiram perante uma falsa invasão de palco.
Após a atuação da Estónia, houve uma curta pausa nas atuações a concurso. As apresentadoras mostraram as reputadas canções suíças Chihuahua, The Race e Dance Little Bird.
E foi o momento da primeira atuação de finalista automático: Espanha.
- Espanha: Melody, Esa diva
- Postcard: Luzerna
- Atuação: Melody esteve com quatro dançarinas em palco. Começou vestida em preto, mas no primeiro refrão revelou um vestido prateado. Foram usados muito efeitos nos ecrãs LED e iluminação, mas também elementos cénicos como umas escadas ou panos de fundo de palco.
- 05. Ucrânia: Ziferblat, Bird of Pray
- Postcard: Basileia
- Atuação: Uma encenação colorida e descontraída, tal como é a canção, destacando-se também os efeitos de imagem meio desfocados por vezes e com fades em alguns momentos. Não foi necessário arrojo, mostrando que a simplicidade também funciona no ESC.
- 06. Suécia: KAJ, Bara bada bastu
- Postcard: Magglingen
- Atuação: A Suécia regressou ao idioma Sueco muitos anos depois, com os irreverentes KAJ. A atuação não mudou radicalmente comparando com o Melodifestivalen. A «sauna» no meio da floresta, em que o trio é acompanhado de três dançarinos. Muita cor, alguma pirotecnia e animação em palco.
- 07. Portugal: NAPA, Deslocado
- Postcard: Lavaux
- Atuação: Os NAPA estiveram relativamente estáticos em palco, com pouco uso de elementos gráficos nos ecrã LED. O jogo de luzes é o trunfo da encenação portuguesa, que nos pareceu falhar de certo modo transmitir a mensagem da canção.
- 08. Noruega: Kyle Alessandro, Lighter
- Postcard: Egnach
- Atuação: Kyle Alessandro esteve acompanhado de dois dançarinos, numa atuação dinâmica e com movimento. A armadura de guerreiro de Kyle Alessandro tem tudo a ver com a canção, que foi inspirada pela sua mãe e pela luta contra o cancro.
- 09. Bélgica: Red Sebastian, Strobe Lights
- Postcard: Jungfraujoch
- Atuação: Tal como o intérprete, a atuação foi dominada por tons de vermelho na iluminação e dos três dançarinos e coristas que mais tarde se juntaram na parte da frente do palco. Uma atuação dinâmica e enérgica.
Depois da Bélgica a concurso, a Itália foi o segundo país finalista automático a atuar para se apresentar ao público nesta semifinal.
- Itália: Lucio Corsi, Volevo essere un duro
- Postcard: Basileia
- Atuação: A inspiração indie rock de Lucio Corsi notou-se bem na encenação, que incluiu um piano onde o cantor esteve sentado durante parte da prestação, colunas de som antigas de grandes dimensões e uma iluminação um tanto escura. Com o artista esteve um dançarino. Na transmissão televisiva, há legendagem da letra em Inglês.
Enquanto algumas televisões fizeram pausa para publicidade, Hazel Brugger e Sandra Struder falaram sobre os adereços em palco antes da atuação azeri.
- 10. Azerbaijão: Mamagama, Run With U
- Postcard: Zurique
- Atuação: Os Mamagama são o primeiro grupo a representar o Azerbaijão no ESC. O seu palco foi dominado pelo típico set de banda disco, com vários tons de iluminação ao longo dos cerca de três minutos. Esteve também presente uma espécie de aro e não faltou pirotecnia e o uso de elementos gráficos nos ecrãs LED.
- 11. São Marino: Gabry Ponte, Tutta l’Italia
- Postcard: Bruzella
- Atuação: O DJ Gabry Ponte trouxe muito ritmo e animação ao palco do ESC. A canção é sobre Itália e os grafismos nos ecrãs LED refletiram-no. Estiveram o máximo de seis elementos, incluindo os intérpretes principais que não têm créditos atribuídos: Andrea Bonomo e Edwyn Roberts.
- 12. Albânia: Shkodra Elektronike, Zjerm
- Postcard: Basileia
- Atuação: Num palco dominado por tons de vermelho, os Shkodra Elektronike mostraram uma encenação teatral correspondente à sonoridade folk da canção, quer através das roupas, quer dos elementos gráficos e adereços.
- 13. Países Baisos: Claude, C’est la vie
- Postcard: Filisur
- Atuação: A canção dance-pop é aproveitada num palco em que a iluminação e os grafismos nos ecrãs LED foram muito usados. Claude começou sozinho, mas juntaram-se mais quatro elementos com violinos. No fim, o intérprete esteve frente a frente a um «espelho» que reflete a sua versão em criança.
- 14. Croácia: Marko Bošnjak, Poison Cake
- Postcard: Zermatt
- Atuação: De facto, a encenação de Marko Bošnjak é uma das mais arrojadas e fora da caixa desta edição. Da indumentária aos tons das luzes e aos gráficos, passando pelos planos de câmara, é difícil descrever em palavras estes três minutos. Uma coisa é certa: dinâmica e energia não faltam, até graças também às quatro dançarinas.
Faltava uma atuação das 15 a concurso, mas também a de um dos finalistas automáticos: a anfitriã Suíça, que se seguiu à Croácia.
- Suíça: Zoë Më, Voyage
- Postcard: Basileia
- Atuação: Zoë Më esteve sozinha num palco em que a artista, a voz e a canção foram o destaque. algo conseguido pelo foco luminoso em Zoë Më e pelos planos muito fechados na cantora. Uma das mais emotivas canções da noite aqui trazida pelo país anfitrião.
- 15. Chipre: Theo Evan, Shh
- Postcard: Basileia
- Atuação: Com Theo Evan estiveram quatro dançarinos, numa atuação muito dinâmica com o efeito estroboscópico na iluminação e estruturas tipo andaimes que são centrais na encenação e vão mudando de disposição.
Concluídas as atuações a concurso, houve a abertura das votações, seguindo-se uma primeira recapitulação das canções… antes do primeiro interval act onde as apresentadoras Hazel Brugger e Sandra Struder, em conjunto com Petra Mede atuaram num número musical que destacou o que de melhor a Suíça tem: «Made in Switzerland».
Depois de uma segunda recapitulação, fecharam as votações. Hazel Brugger e Sandra Struder falaram, depois, sobre recordes no ESC, mas algumas televisões aproveitaram para um intervalo.
Seguiu-se uma homenagem a Céline Dion, que surgiu numa mensagem em vídeo pré-gravada. Depois, iolanda, Jerry Heil, Marina Satti e Silvester Belt, com a ESC Project Orchestra, subiram ao palco para cantarem uma versão de Ne partez pas sans moi: a canção com que Céline Dion levou a Suíça à vitória no ESC 1988.
Ainda antes dos resultados, houve uma passagem pela green room, além de um revisitar do Festival Eurovisão da Canção Júnior (JESC) 2024, em que a Geórgia ganhou no ano passado com Andria Putkaradze e a canção To My Mom… acolhendo o certame em dezembro de 2025.
Houve, ainda, uma «preview» do que está guardado para a segunda semifinal de quinta-feira… e, então, os resultados com um novo formato de anúncio dos apurados.
Neste novo conceito, os primeiros nove qualificados foram anunciados num ecrã dividido de três países em que um conseguiu o apuramento e os outros dois ficaram na expectativa até mais tarde. Só o último finalista foi divulgado da forma tradicional.
Garantiram um lugar na final: Albânia, Estónia, Islândia, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, São Marino, Suécia e Ucrânia.
Resultados
(Por ordem alfabética; clique nos títulos das canções para ver as atuações)
- Apurados
- Albânia: Shkodra Elektronike / Zjerm
- Estónia: Tommy Cash / Espresso Macchiato
- Islândia: Væb / RÓA
- Noruega: Kyle Alessandro / Lighter
- Países Baixos: Claude / C’est la vie
- Polónia: Justyna Steczkowska / Gaja
- Portugal: NAPA / Deslocado
- São Marino: Gabry Ponte / Tutta l’Italia
- Suécia: KAJ / Bara bada bastu
- Ucrânia: Ziferblat / Bird of Pray
- Eliminados
- Bélgica: Red Sebastian / Strobe Lights
- Azerbaijão: Mamagama / Run with U
- Chipre: Theo Evan / Shh
- Croácia: Marko Bošnjak / Poison Cake
- Eslovénia: Klemen / How Much Time Do We Have Left
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