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EUROVISÃO 2020: Quem poderiam ser os finalistas da 1.ª semifinal?

EUROVISÃO 2020: Quem poderiam ser os finalistas da 1.ª semifinal? Créditos da imagem: EBU
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Todos os anos como fã deste concurso fazia as minhas avaliações e apreciações das canções a
concurso pré e pós-show, tendo as favoritas, aquelas que saberia que seriam finalistas pela
certa, e haveria sempre a expetativa de ver como tantos iriam aproveitar o palco eurovisivo.

Como já referi em artigo anterior tudo passa de um mero exercício, ainda mais que este ano não
temos a realidade para o confrontar. É tendo isso em consideração que a seguir apresento a
minha opinião sobre as canções que estariam a concurso. Adicionalmente, várias outras
variáveis foram tidas em atenção como sejam o historial do país, o mediatismo, etc. que nalguns
casos refiro na apreciação feita.

Como sempre em cada semifinal apenas 10 passam à Grande Final. Este ano a 1ª semifinal
contaria com 17 canções, menos uma que na 2ª semifinal. Neste artigo será dada a opinião sobre
as 17 dessa semifinal divididas por três blocos de análise.

Bloco certo: Austrália, Azerbaijão, Croácia, Lituânia, Malta, Noruega, Rússia e Suécia (8 países)

Austrália: A sua canção é boa e teria certamente uma grande expressão cénica, pelo que daria
a sua passagem como certa.

Azerbaijão: Continua a ser um ‘peso pesado’. Este ano traria uma música que já se viu algures
por aí, mas certamente apostando como sempre numa boa cenografia e claro aquele refrão e o
tema Cleopatra ficariam em memória em hora de votação. Passagem segura.

Croácia: Canção em que o esplendor máximo está em seu vocalista. Uma power balad com
muita sonoridade balcânica, que vários críticos a dão como reciclada e mofa, mas que para mim
nada disso. Não iria provavelmente muito longe pelo historial croata recente, mas mesmo que
o público falhasse, acredito que o júri a segurava com o ticket para a final.

Lituânia: É daquelas apostas que prima mais pelo mediatismo do que pela qualidade em si. Seria
certamente uma que fazendo uma boa pré-temporada, iria longe. Finalista certo.

Malta: Apresenta uma canção também muito centrada no poder vocal da sua intérprete. Tem
qualidade e com um bom trabalho de palco tinha mais que passagem certa à final.

Noruega: Apresenta-nos (e aqui sim!) algo refeito e reciclado, que já se viu como tantas outras
na Eurovisão, mas quando se aposta nisso há que o fazer com qualidade. A balada tem isso e
convencido que o país ficaria no lote de finalistas certos.

Rússia: Não curto de todo. Mas enfim, desde o seu lançamento que provocou logo mediatismo
e curiosidade. E depois queiramos quer não, aquilo é viciante. Ficaria em memória e a Rússia é
um ‘peso pesado’. Na final e com o mediatismo em volta do grupo e da sua irreverência, inclusive
o impacto que daria durante a pré-temporada, chegaria longe.

Suécia: É dos países que mais vibra com a Eurovisão. Este ano a aposta iria em linha com que
enviaram no ano transato, não me acredito que iria muito longe, mas passaria facilmente à final.

 

Bloco incerto: Bielorrússia, Chipre, Macedónia do Norte, Roménia e Ucrânia (5 países)

Bielorrússia: Mais do mesmo, sem criatividade. A proposta é semelhante a tantas outras, mas
ficaria incerto depois do que sucedeu precisamente com este país no ano passado.

Chipre: Tem uma boa canção e eventualmente uma boa cenografia em palco, e punha o país
com o ticket finalista. Dependeria muito do seu próprio trabalho de casa.

Macedónia do Norte: Depois do resultado inédito para o país no ano transato, esta proposta
não iria muito além. O impacto inicial que poderia causar fugiu-lhe para os lituanos. Seria uma
que estaria na zona da linha de água.

Roménia: O país caiu a meu ver injustamente em 2018 e depois disso, acho que ficou aos
papéis… E poderia ser que entrasse numa maré de retenções nas semifinais. Esta proposta tanto
poderia dar bom resultado como ser mais uma miscelânea em palco tal como fizeram ano
passado. A Roménia deixou de ser um ‘peso pesado’.

Ucrânia: Nunca falhou um apuramento. É sem dúvida uma proposta diferente, com uma
intérprete com voz que não passaria despercebida… mas até que ponto resultaria? Dentro das
mais incertas, seria a que mais estaria à frente para preencher as vagas da zona da linha de água.

 

Bloco ‘já foste!’: Bélgica, Irlanda, Israel e Eslovénia (4 países)
Bélgica: Apresenta uma canção que além de esquecível totalmente, não vejo o que poderiam
fazer para tornar aquilo mais cativante e votar.

Israel: O estilo da canção já foi apresentada por outros na Eurovisão e não resultou de todo. Por
isso Israel arriscar-se-ia a fazer a figura do anfitrião anterior, depois lá para o bottom da semifinal
em ano seguinte.

Eslovénia: Traria uma vez mais uma balada que por mais linda que fosse, já o país apresentou
do género anteriormente e deveria ter aprendido com o que não resultou. Arriscar-se-ia a ficar
em último desta vez.

República da Irlanda: Tem uma canção com letra catchy mas é daquelas que em palco me convenço seria
como o país fez no ano passado. A Irlanda não está na década de 90, e mesmo depois de alguns
resultados modestos há uns anos atrás, precisa de um upgrade enorme.

 

Apreciação final: Comummente tem-se assistido a apelidar uma semifinal mais forte e outra
mais fraca, e tem recaído a mais forte naquela em que muitas vezes existe maior número de
canções e até por questões aleatórias de sorteio, estão países que pela sua bagagem são muito
competitivos. Este ano eu diria o contrário, porque os ainda ‘pesos pesados’ estão basicamente
todos nesta semifinal, muitos deles com propostas que seriam muito competitivas entre si e
depois existe um conjunto largo de canções que estariam na zona da linha de água. Em suma,
penso que seria uma semifinal muito boa, com apenas duas ou três canções boring e
esquecíveis, e ainda na hora de todas as revelações certamente iriam haver algumas surpresas.

Sobre o autor

Bernardo Matias

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