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Eurovisão 2021 à Vista: O perfil da Suíça e de Gjon’s Tears

Eurovisão 2021 à Vista: O perfil da Suíça e de Gjon’s Tears
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Na penúltima parte da rubrica Eurovisão 2021 à Vista, introduzimos a participação da Suíça no Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2021. Faz-se representar por Gjon’s Tears com o tema Tout l’Univers, que se fará ouvir pela primeira vez no palco do Ahoy Rotterdam na segunda semifinal a 20 de maio.

 

Suíça na Eurovisão

Suíça, cuja participação no ESC é assegurada pela emissora SRG SSR, é incontornável na história do certame. De facto, foi a primeira vencedora da história, quando em 1956 Lys Assia interpretou Refrain.

Tal foi o sucesso que Lys Assia voltou nos dois anos seguintes. Nas primeiras oito participações helvéticas, houve um total de quatro pódios e nunca a participação ficou fora do top dez, ouvindo-se três idiomas diferentes: Alemão, Francês e Italiano.

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A partir de 1964, ano em que Anita Traversi e o tema I miei pensieri, os resultados da Suíça tiveram uma quebra, com apenas quatro classificações entre os dez primeiros na década seguinte. A tendência começou a inverter em meados da década de 1970.

Entre temas que marcaram mais ou menos a história do ESC, só em 1988 é que a Suíça somou a sua segunda vitória (e última até agora). Foi conseguida por Céline Dion, que se tornou numa cantora amplamente reconhecida ao nível mundial, e com o tema Ne partes pas sans moi. Em comum com a vencedora de 1956 tinha o idioma Francês.

Um ano depois, a Suíça estreou a Língua Romanche no ESC, graças ao tema Viver senza tei de Furbaz. A partir dos anos 1990, fora um quinto e um terceiro lugar, os resultados foram modestos e houve as primeiras ausências da Suíça: em 1995, 1999, 2001 e 2003, pelos resultados fracos nos anos anteriores.

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O virar do milénio não melhorou muito a situação: desde que as semifinais  foram introduzidas em 2004, só em cinco edições é que a Suíça chegou às finais, quase sempre cantando em Inglês. Neste período, o melhor resultado foi o quarto lugar de Luca Hänni com She Got Me em 2019.

Por duas vezes que o ESC se realizou na Suíça: a edição inaugural em 1956 foi em Lugano e em 1989 aconteceu em Lausane. Marcel Bezençon, cujo nome foi atribuído aos prémios entregues anualmente pela imprensa, comentadores e compositores, era um jornalista e executivo suíço e foi um dos idealizadores do Festival Eurovisão da Canção.

Ao longo da história, a Suécia foi o país mais pontuado pela Suíça no conjunto de semifinais e finais (219 pontos), enquanto que só em finais foi o Reino Unido (207 pontos). Já a Áustria foi quem mais pontuou a Suíça entre semifinais e finais com 190 pontos e o Reino Unido foi de onde veio a maior quantia de pontos suíços em finais: 168.

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O representante e a canção: Gjon’s Tears e Tout l’univers

Depois de ser escolhido por dois painéis de júri para a edição cancelada de 2020, Gjon’s Tears foi reconduzido pela emissora da Suíça para o ESC deste ano. O seu tema é Tout l’univers.

Com apenas 22 anos de idade, Gjon Muharremaj adota o nome de palco Gjon’s Tears. Apesar de ser de naturalidade helvética, tem origens kosovoares e albanesas. O nome artístico surge do facto de ter emocionado o avô ao ter interpretado o tema Can’t Help Falling in Love de Elvis Presley.

A carreira de Gjon’s Tears começou com 12 anos de idade na primeira temporada do Albanians Got Talent em que chegou à final. Continuou a participar em talent shows e chegou às semifinais do Die grössten Schweizer Talent em 2012 e do The Voice: la plus belle voix em França em 2019.

Até ao momento, o artista tem quatro singles lançados. O primeiro foi Babi, em 2018, que atingiu a liderança do top albanês. Seguiu-se, no mesmo ano, Back in Light, e os dois últimos lançamentos foram as canções eurovisivas: Répondez-moi, com que teria participado no ESC 2020, e Tout l’Univers.

Esta é uma canção em que entre os autores está Wouter Hardy, que assina igualmente a canção vencedora do ESC 2019, Arcade de Duncan Laurence. Trata-se de uma emotiva balada interpretada em idioma Francês, definida como uma mensagem de esperança e otimismo na reinvenção própria de cada pessoa. A canção perfila-se como uma das fortes candidatas à vitória.

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Perfil do país (Suíça)

Emissora responsável: SRG SSR
Chefe de delegação: Reto Peritz
Estreia: 1956; Lys Assia – Refrain (resultado: vitória); Lys Assia – Das alte Karussell (resultado: indefinido)
Participações anteriores: 60
Melhor resultado: Duas vitórias (1956: Lys Assia – Refrain ; 1988: Céline Dion – Tout l’Univers)
Pior resultado: 22.º lugar na semifinal em 2004 (Piero and the MusicStars – Celebrate)
Anfitriã: Duas vezes (1956 e 1989)
Concurso de seleção nacional: Seleção interna
Representante em 2021: Gjon’s Tears – Tout l’Univers
Semifinal em 2021: 16.ª a atuar na segunda semifinal (20 de maio)

 

Perfil do representante (Gjon’s Tears)

Nome: Gjon Muharremaj (Nome de palco: Gjon’s Tears)
Idade: 22 anos (nascido a 29 de junho de 1998)
Nacionalidade: Suíça
Início de carreira: 2011
Álbuns de estúdio: Zero (primeiro single: Babi, de 2018)
Géneros: Pop
Outras notas: No The Voice: la plus belle voix, Gjon’s Tears integrou a equipa de MIKA, especialmente popular pelo tema Relax, Take It Easy.

 

Perfil da canção (Tout l’Univers)

Título: Tout l’Univers
Género: Pop
Idioma: Francês
Intérprete: Gjon’s Tears
Letra e música: Gjon Muharremaj, Nina Sampermans, Wouter Hardy, Xavier Michel

Sobre o autor

Bernardo Matias

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