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Ex-chefe de delegação de Itália na Eurovisão fala de audiências “trágicas” no ano de regresso

Ex-chefe de delegação de Itália na Eurovisão fala de audiências “trágicas” no ano de regresso Créditos da imagem: NPO/NOS/AVROTROS Nathan Reinds
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Em 2011, Itália regressou ao Festival Eurovisão da Canção (ESC) 14 anos depois. O resultado nessa edição foi forte, com o segundo lugar, mas mesmo assim o evento esteve muito longe de gerar interesse no público transalpino. Algo que foi surgindo ao longo desta última década, culminando em 2021 com a vitória dos Måneskin.

No debate online Eurovisión, el festival que quieres, da RTVE, o antigo chefe de delegação italiano, Nicola Caligiore, disse que quando encetou os esforços no regresso de Itália ao ESC as coisas foram muito complicadas e as audiências ficaram bastante aquém do desejável:

Descobri a existência da Eurovisão quando fiz Erasmus em Espanha. Antes não conhecia porque foi algo completamente apagado da memória coletiva na minha geração. Quando comecei o meu projeto de fazer com que Itália voltasse à Eurovisão, os primeiros anos foram muito difíceis porque ninguém conhecia o projeto. O resultado de audiência no primeiro ano foi trágico para a RAI – creio que alcançámos seis por cento na RAI 2 e os diretores de conteúdo queriam matar-me. Ninguém queria este projeto”.

Ao longo desta década, as audiências do ESC em Itália apresentaram uma tendência crescente, culminando em 2011 com cerca de 4,5 milhões de pessoas a assistirem ao triunfo deste ano. No entanto, ainda está longe do pico de mais de seis milhões de pessoas de 1991 (última edição realizada em Itália).

Em 2021, uma década depois e já sem Nicola Caligiore como chefe de delegação, Itália conseguiu  voltar aos triunfos no ESC e o certame está agora bem mais instituído no país, O ex-responsável não escondeu que é um cenário com significado particular para si: “Foram oito ou nove anos constantes, de tentar avançar a cada ano, de colocar mais um tijolo na casa que estávamos a construir, e agora Itália ficou ‘Euro-louca’. Este ano fiquei impressionado… já não trabalho lá, por isso para mim foi ver o resultado de muitíssimos anos de esforço e de luta e foi a coisa mais maravilhosa que podia acontecer”.

Sobre o autor

Bernardo Matias

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