Imagem: Captura de ecrã YouTube Festival da Canção O Festival da Canção 2021 tem amanhã a sua segunda semifinal, em que um dos concorrentes é Pedro Gonçalves. Quatro anos depois do sexto lugar de 2017 está de volta, agora com um tema em Português e da sua autoria, Não Vou Ficar.
O e-FestivalPT falou numa entrevista exclusiva com o cantor, selecionado através da livre submissão de propostas. Entre a ideia de concorrer, o significado do tema, as expectativas, e outras temáticas, pode ficar um pouco mais por dentro da participação de Pedro Gonçalves na entrevista que se segue.
e-FestivalPT (e-FPT): Entre todos os intérpretes, o Pedro é o único que não se estreia. Como surgiu a ideia de voltar ao Festival da Canção?
Pedro Gonçalves (PG): “Foi mesmo por acaso! A Não Vou Ficar estava já programada para ser o 1º single do meu 1º álbum. Como a canção já estava praticamente pronta, vi que as candidaturas para o Festival estavam abertas e… arrisquei! Parece que correu bem. Ser uma das canções selecionadas em mais de 700 que foram enviadas, é algo completamente surreal. Ainda bem que arrisquei!”.
e-FPT: Agora concorre com uma canção da sua autoria. A experiência está a ser muito diferente da de 2017?
PG: “Bastante! Por um lado, estou um pouco menos nervoso. Em 2017, a defender o tema do João Pedro Coimbra, tinha mais esse peso da responsabilidade de dar vida à arte e visão de outro artista. Não queremos falhar, obviamente. Sendo uma canção minha, estarei mais à vontade. É a minha mensagem, o que eu quero cantar e partilhar. Estou também mais maduro, um rapaz que já se torna um jovem adulto, com outra percepção da vida, das responsabilidades e gestão de ansiedade e stress”.
e-FPT: Concorre com o tema Não Vou Ficar. Qual é a mensagem?
PG: “Como as minhas músicas (normalmente) é uma canção de amor. Neste caso, um ‘desamor’. Uma relação que chegou ao fim e onde nos apercebemos que não podemos mesmo lutar mais, por mais amor que possamos sentir. Por outro lado, a nível instrumental, temos um lado mais ‘dançante’, em que já tentamos esquecer toda essa tristeza”.
(Continua após o vídeo)
e-FPT: Qual é que foi a inspiração e as referências na autoria de Não Vou Ficar?
PG: “Existe uma música, que eu adoro, a Dancing On My Own da Robyn. E sempre me fascinou como uma canção com um peso tão triste na letra, pudesse ter um instrumental tão mexido, que nos fizesse querer dançar e nos fizesse esquecer da “dura realidade” por que estamos a passar. Sempre quis fazer uma música assim, com essa dualidade de emoção e foi assim que surgiu a Não Vou Ficar”.
e-FPT: Como descreve musicalmente a sua canção?
PG: “É uma música Pop, não poderia deixar de ser como artista Pop que sou. Não quis fugir à minha identidade para participar no Festival”.
e-FPT: Sem levantar o véu, o que podemos esperar da apresentação em palco?
PG: “Uma atuação! Mais do que uma apresentação para um concurso, será uma atuação. De um artista e de uma banda com saudades do palco, dos concertos. E espero que essa saudade e vontade esteja bem presente”.
e-FPT: Em 2017 ganhou a sua semifinal e ficou em sexto na final. A fasquia está alta… quais são os seus objetivos e expectativas para este ano?
PG: “O objetivo é, neste momento, ser um dos selecionados para a Final no dia 6 de março. É o meu único foco neste momento. Chegando à final, o foco será alcançar algum lugar acima do sexto. Mas, claro, fica sempre o bichinho de querermos ganhar. Queremos que as pessoas em casa o queiram também e vou dar, vamos dar o nosso melhor. O que tiver que ser, será”.
e-FPT: Nos piores cenários possíveis, a Eurovisão 2021 será com atuações pré-gravadas. O que pensa acerca disso?
PG: “Penso que, de uma maneira ou de outra, será muito bom termos Eurovisão este ano! Já foi um pouco triste não se realizar em 2020, portanto fico feliz que se tentem adaptar à realidade que vivemos neste momento”.
e-FPT: Por último, um desafio. Complete a frase: Representar Portugal na Eurovisão seria…
PG: “Um sonho. Por mais clichê que possa parecer, é a verdade. Estou ansioso para levar a minha canção à casa de todos os portugueses. E poder levá-la à Eurovisão, seria algo surreal”.
Deixe um comentário