Faleceu esta sexta-feira, 1 de janeiro, Carlos do Carmo. O fadista tinha completado 81 anos de idade no passado dia 21 de dezembro. Estava internado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, depois de ontem ter sofrido um aneurisma.
A informação é confirmada pela agência Lusa. Um dos grandes nomes da música portuguesa e do fado, Carlos do Carmo tinha anunciado o fim de carreira em 2019, depois de um percurso de mais de 50 anos.
Distinguido com vários prémios e honras ao longo do seu percurso, o fadista teve como uma das maiores distinções o Grammy Latino de carreira em 2014. Passou por grandes palcos mundiais, como o Olympia em Paris, a Ópera de Frankfurt ou o Royal Albert Hall.
Grande-Oficial da Ordem do Mérito desde 2016, Carlos do Carmo representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção de 1976 ficando em 12.º com 24 pontos ao interpretar Uma Flor de Verde Pinho – um dos temas mais marcantes da sua carreira. Para tal, tinha vencido meses antes o Festival da Canção desse ano, em que interpretou todos os temas no certame que foi rebatizado esporadicamente como Uma Canção para a Europa.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reagiu numa nota destacando: “Carlos do Carmo foi uma das grandes figuras do fado e da dignidade do fado. Dignidade do texto, da qualidade do texto, da dicção, do dizer. Dignidade de uma vocação exigente, sem cedências e vedetismos. Dignidade de uma atenção humana, de uma compaixão, uma empatia de «homem na cidade» ao lado dos outros homens e mulheres”.
Já o governo decretou Dia de Luto Nacional na próxima segunda-feira (4 de janeiro), além de propor a distinção com a Ordem da Liberdade, que de acordo com o primeiro-ministro António Costa já estava prevista.
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