A Bósnia e Herzegovina está ausente do Festival Eurovisão da Canção (ESC) desde 2016, devido às sanções por conta das dívidas da emissora BHRT à União Europeia de Radiodifusão (EBU). No entanto, há interesse em voltar e o próprio governo tentou ajudar no ano passado.
A dívida ascende a cerca de seis milhões de francos suíços e, caso seja paga, a Bósnia e Herzegovina pode voltar. Lejla Babović, da BHRT, revelou ao N1 Info que falou com o Ministro dos Transportes e Comunicações, Edin Forto:
– O procedimento é muito simples: quando a BHRT começar a repagar a dívida ou se pagar a dívida, a BHRT poderá participar na Eurovisão. No ano passado, o ministro Forto estava muito otimista, portanto ele teve várias conversas com a EBU, porque ele pensava que iria encontrar muito facilmente fundos para ajudar a BHRT a pagar a dívida. Infelizmente, na segunda metade do ano, testemunhámos que não há forma de regular a cobrança do imposto de rádio e televisão, o que permitiria a BHRT operar normalmente e, então, por consequência participar no Festival Eurovisão da Canção”.
Neste momento, Lejla Babović não tem estimativa sobre a altura em que o pagamento da dívida avança: “É muito difícil dizer quando poderíamos repagar essa dívida, porque atualmente nem sequer temos os fundos básicos para o funcionamento normal, para as operações diárias. Infelizmente, creio que somos o único país na Europa em que o serviço público ao nível de Estado não tem o apoio das autoridades. Por outras palavras, as autoridades atiram o problema para as administrações, e em todos os outros países da Europa o funcionamento dos serviços públicos é regulado por leis e é regulado no país. Contudo, no nosso país, parece que alguém quer introduzir anarquia e recomenda que as pessoas concordem em vez de obedecerem à lei. A lei existe, deve ser respeitada, se a respeitarmos inteiramente como ela é, a BHRT teria fundos para as operações e, claro, para as obrigações de pagamento aos seus fornecedores e também à EBU, que durante todos estes anos é uma das grandes amigas desta casa, que continua a olhar por nós independentemente do facto de não pagarmos e de termos dívidas”.
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