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HISTÓRIA/Festival da Canção, um espelho de história do povo luso – Parte 5: Depois da vitória até à atualidade

HISTÓRIA/Festival da Canção, um espelho de história do povo luso – Parte 5: Depois da vitória até à atualidade Créditos da imagem: Pedro Pina | RTP
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A rubrica Festival da Canção, um espelho de história do povo luso chega ao fim com a quinta parte. Agora em foco, os últimos cinco anos da história do certame de seleção de Portugal para o Festival Eurovisão da Canção (ESC) e o seu enquadramento na história do país.

 

Quinta parte: Depois da vitória à atualidade

Em 2018 Portugal tinha sediado o ESC dada a primeira (e ainda única) vitória no certame. Em Lisboa ganha Israel e no ano seguinte Portugal organiza o Festival da Canção (FC) com final em Portimão. Trazendo cada vez mais variedade e irreverência em estilos e apresentações musicais, com muito mais interesse e atenção do público e dos media. Poderia novamente pensar-se que o FC voltasse aos anos dourados de lançamento de artistas. Porém, no ESC falha o apuramento e o entusiasmo esfria-se. Em 2020, ainda antes de decretado o estado de emergência, o FC tem final em Elvas. Continua a trazer novas pessoas, desconhecidas do público, para tentarem a sua sorte.

 

Devido à pandemia o ESC 2020 é cancelado e para 2021 Portugal organiza o FC sem público e em estúdio, selecionando outro representante contrariamente à maioria que repetiu o selecionado do ano anterior. E eis que surgem anónimos, repetentes, mas também já artistas com carreiras consolidadas para vencer o FC 2021. Pela primeira vez o país leva ao ESC uma canção integralmente em inglês e sem qualquer verso em português. O grupo The Black Mamba consegue o apuramento, ficando em 12.º lugar na final, o segundo melhor resultado do país desde a entrada das semifinais. O resultado da banda quebrou uma espécie de medo ‘papão’ que grandes nomes e artistas poderiam fazer uma triste figura lá fora, ao ficarem em últimos lugares em semifinais. As músicas passam na rádio, o festival é mais coberto pelos media.

 

Por isso, aqui chegados a 2022, decorre em março a 56.ª edição do FC, que continua com duas semifinais e depois a final para apurar o vencedor, que representará Portugal no ESC 2022 em maio em Turim, Itália. Há a referir uma alteração substancial e errática por parte da RTP em colocar uma semifinal a um sábado, a outra numa segunda e a final no sábado seguinte. Este ano, em que novamente anónimos, artistas de nicho e artistas de carreiras consolidadas participam e em que haverá estilos para todos os gostos, esperemos que Portugal continue a escrever uma boa história no ESC. No sentido de ter FC forte e dinamizador, voltando a juntar os portugueses nesse concurso que elege quem representará o país no maior e mais visto concurso musical de toda a Europa. E também no sentido positivo de bons resultados no ESC, não só amarrado ao triste fado onírico de uma outra vitória, mas de um fado alegre que ponha Portugal no rumo certo dos triunfos preferencialmente vitórias seguidas de vitórias.

Sobre o autor

Ricardo Dias

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