
A União Europeia de Radiodifusão (EBU) quer manter a política afastada do Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2025, mas o sucesso em consegui-lo tem sido parco.
Depois da segunda semifinal, Israel esteve no epicentro de duas situações controversas relativamente a comentários feitos durante as transmissões televisivas.
Queixa contra comentários na TV espanhola
Por um lado, a emissora israelita KAN submeteu uma queixa à EBU devido a comentários feitos durante a transmissão da RTVE. Queixa essa que a EBU confirmou ao site ESCPlus ter recebido e estar a investigar.
Aquando do postcard antes da atuação de Yuval Raphael, o comentador Tony Aguilar afirmou: “A RTVE solicitou à Eurovisão um debate sobre a participação de Israel no Festival. As vítimas dos ataques israelitas em Gaza já superam as 50.000 – entre elas, mais de 15.000 meninos e meninas, segundo as Nações Unidas”.
Algo que a sua colega de comentário, Julia Varela, acrescentou: “Este não é um pedido contra nenhum país. É um apelo pela paz, justiça e o respeito pelos direitos humanos em conformidade com a vocação integradora e pacífica do Festival Eurovisão”.
Insultos israelitas à Arménia
Noutra situação separada, comunidades arménias estão a acusar a KAN11 de insultar o país durante a respetiva transmissão televisiva, em que os comentadores israelitas referiram na reação à atuação de PARG: “Não acredito que demos a «esse» povo um quarteirão inteiro em Jerusalém. Survivor [«Sobrevivente», título da canção da Arménia]: é assim que nos sentimos depois de ver esta canção”.
Para os arménios, este foi um insulto à memória coletiva arménia, assim como as respetivas contribuições para Jerusalém ao nível cultural, social e económico. A página de Twitter oficial 301 AM exige, pois, um pedido de desculpas à KAN, sublinhando que a comunidade arménia na capital israelita passou por situações de genocídio e exílio.
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