Imagem: RTP Joana Alegre é autora e intérprete do Festival da Canção 2021, concorrendo com o tema Joana do Mar. Uma canção que não foi originalmente escrita para si própria e que Luísa Sobral aconselhou como possível concorrente para o certame.
Em resposta ao e-FestivalPT em conferência de imprensa, questionada sobre se a participação no Festival da Canção ficou na ideia depois do The Voice, a artista referiu: “Na verdade até estava aqui com um certo stress pós-traumático depois do The Voice porque eu nunca tinha feito nada num formato de televisão. E portanto eu não pensava no Festival da Canção. Por acaso tinha surgido, de alguns fãs, essa vontade. E por acaso até houve uma votação informal online onde as pessoas pediram que eu acabasse por vir ao Festival da Canção. E, entretanto, comecei a gravar o meu álbum que está a ser produzido pela Luísa Sobral. E ela desafiou-me com esta canção, achava que esta canção devia vir ao Festival. E acabei por receber o convite da RTP e tudo se proporcionou. E aqui vamos nós para outra aventura. Estou muito grata e honrada por fazer parte deste painel”.
Na mesma conferência de imprensa, mas abordada pelo ESC38N, Joana Alegre explicou o conceito da sua canção: “Esta canção vem na linha de outras coisas que eu já tinha composto antigamente, mas que não são muito conhecidas. Que é, no fundo, tentar assumir um estilo parecido com Florence + The Machine ou Aurora, que é muito dentro da onda de um folk que pega num rock-pop com arranjos mais exuberantes. Só que cantando em Português – que acho que pode ser uma novidade no panorama musical português. Acho que não temos muita coisa assim dentro deste estilo. Temos os Ornatos Violeta, mas no feminino acho que não temos nada”.
Joana Alegre contou também que a letra originalmente seria para Ana Bacalhau, mas acaba por fazer alusão a si: “Embora originalmente tenha escrito esta canção para a Ana Bacalhau, acho que temos de compor sempre de um lugar verdadeiro. E acho que acabei por falar de mim de uma forma mais desassombrada e sem pudor porque estava a escrever para outra pessoa. A música acabou por voltar para mim, e ainda bem, porque a Ana também mudou um bocadinho os objetivos. Mas nós falámos e ela está a apoiar-me muito nesta aventura. Acaba por ser uma letra que eu estava na altura em que a escrevi e é um bocadinho a afirmação de quem eu sou”.
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