Em meados de março, Roger Waters lançou uma carta aberta aos participantes do Festival Eurovisão da Canção (ESC) deste ano encorajando-os a tomar a atitude de boicote ao certame por se realizar em Israel. Kate Miller-Heidke, que vai defender a Austrália, respondeu e rejeitou aceder ao apelo do músico norte-americano.
À Press Association, a artista australiana explicou que embora respeite a posição de Roger Waters, considera que se estaria a privar todo o país da cultura: “Respeito em absoluto o ponto de vista dele. Mas para mim, pessoalmente, a ideia de bloquear completamente um povo inteiro, um país inteiro, da música, cultura e aprendizagem… não é só a arte que estão a tentar bloquear, mas a academia, e parar o fluxo livre de aprendizagem e informação para um país”.
Para Kate Miller-Heidke, um boicote não faz parte da solução: “Não consigo ver como é que isso vai avançar essa parte do mundo rumo a uma solução. Tenho muito a aprender e estou ansiosa por lá estar durante duas semanas e meia e por ter a hipótese de conhecer os palestinianos e pessoas de diferentes lados e aprofundar a minha aprendizagem e compreensão”.
Por outro lado, a cantora de Zero Graviti comentou: “Acredito no poder da música e da arte para na verdade provocar discussão e inspirar diálogo. É uma questão complexa, mas pensei profundamente nela. Respeito as opiniões das pessoas que sentem o contrário, mas esta é a minha decisão”.
Deixe um comentário