Um dos métodos de seleção para o Festival Eurovisão da Canção (ESC) mais reputado e tradicional é o Melodifestivalen da Suécia. Tal projeção obriga a emissora responsável, SVT, a empenhar-se bem na sua organização, que se faz por um custo que pode chegar quase aos três milhões de euros (25 a 30 milhões de coroas suecas). Este custo é agora revelado publicamente, depois de nos últimos anos a emissora não o estar a fazer.
A diretora-executiva do certame, Hanna Stjärn, revelou que o custo se situa nos 2,5 milhões de coroas suecas por programa. Numa entrevista à Sveriges Radio afirmou: “A minha representante Eva Hamilton já disse há vários anos que o preço rondava os dois milhões [de coroas suecas] por programa. Hoje subiu ligeiramente, o nosso orçamento é de cerca de 2,5 milhões por hora”.
Sendo a duração total dos cinco espetáculos do Melodifestivalen cerca de dez horas, chega-se ao número dos custos de 25 a 30 milhões de coroas suecas – algo entre 2.382.000 euros e 2.859.000 euros, à taxa de câmbio atual. Ainda que a realidade não sirva de comparação, a título de exemplo é mais de um quinto do que custou o ESC do ano passado em Lisboa: na altura, escreve a Lusa, o produtor-executivo João Nogueira apontou para um orçamento entre 19,7 e 20,1 milhões de euros, o que de acordo com o supervisor executivo do ESC Jon Ola Sand é o valor mais baixo desde que existem semifinais.
De referir que a SVT tem sido criticada pelo Conselho Nacional de Rádio e Televisão sueco por não divulgar publicamente os custos com o Melodifestivalen. Hanna Stjärnke defendeu-se: “A SVT trabalha com o programa em si mas não somos peritos na venda de bilhetes ou em fazer o evento em si, e aqui usamos diferentes tipos de parceiros. Temos acordos de negócio com eles e seguimos a ética empresarial, o que também inclui sigilo empresarial”.
Por outro lado, a dirigente assegurou que não recusa cumprir as exigências documentais do Conselho de Supervisão: “Temos uma discussão em curso com o Conselho de Supervisão para ver como equilibrar transparência e ética empresarial. […]. Há compromissos entre ética empresarial e transparência, exatamente o que está na lei que forma a base da licença de emissão”.
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