Festival Eurovisão da Canção ESC 2020

Produtor executivo do ESC 2020 esclarece requisitos para os locais candidatos

Produtor executivo do ESC 2020 esclarece requisitos para os locais candidatos Créditos da imagem: Andres Putting
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Decorre por estes dias o processo de candidatura a acolher o Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2020, na Holanda. Ao todo há neste momento seis cidades interessadas em avançar com a apresentação do caderno de candidatura, que tem uma série de exigências. Sietse Bakker explicou algumas das mais importantes.

Numa entrevista ao jornal De Telegraaf, o recém-anunciado produtor executivo do evento afirmou: “Se uma orquestra inteira ou, por exemplo, um grupo de dança tiver de ir para o palco na Holanda, tal como em Viena, precisas de mais vestiários. Deve também haver um centro de imprensa para milhares de jornalistas, com salas para entrevistas e conferências de imprensa. Isto significa que nem todas as infraestruturas são adequadas”.

Depois, há a questão da disponibilidade do espaço, uma vez que é necessário estar cerca de dois meses tendo em conta toda a logística e trabalhos necessários antes do ESC propriamente dito:

– Além disso, o local tem de estar disponível para o Festival Eurovisão da Canção durante sete ou oito semanas. Porquê tanto tempo? São requeridos aproximadamente 130 camiões com luzes, tecnologias e peças do palco. Tudo isto tem de ir lá para dentro. Isso envolve uma instalação logística vasta, que requer vários dias de mão-de-obra. Então, segue-se a montagem, a instalação da tecnologia das câmaras e os ensaios técnicos. Quando os países participantes chegam, os ensaios começam, seguindo-se a semana principal da Eurovisão”.

Na infraestrutura em si, segundo o responsável, há também a questão essencial da altura do teto: “Com um teto de oito metros de altura torna-se muito difícil. É demasiado baixo sabendo quantas luzes e ventilação são necessárias sob o palco. No entanto, sendo criativo, é possível ir em várias direções”.

Por outro lado, Sietse Bakker assegurou que não há quaisquer preferências quanto ao tipo de infraestrutura, desde que corresponda aos requisitos: “É possível uma configuração como a de um estádio, mas também num local desportivo ou num centro de conferências. Em Copenhaga foi organizado num estaleiro abandonado. O telhado estava com infiltrações quando visitámos pela primeira vez, mas o Festival Eurovisão da Canção acabou por acontecer lá”.

Quanto aos aspetos financeiros, Sietse Bakker referiu-se assim às exigências: “As cidades anfitriãs têm investido entre cinco e 15 milhões de euros de forma a organizar o Festival Eurovisão da Canção nos anos recentes”.

Sobre o autor

Bernardo Matias

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