
Decorre por estes dias o processo de candidatura a acolher o Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2020, na Holanda. Ao todo há neste momento seis cidades interessadas em avançar com a apresentação do caderno de candidatura, que tem uma série de exigências. Sietse Bakker explicou algumas das mais importantes.
Numa entrevista ao jornal De Telegraaf, o recém-anunciado produtor executivo do evento afirmou: “Se uma orquestra inteira ou, por exemplo, um grupo de dança tiver de ir para o palco na Holanda, tal como em Viena, precisas de mais vestiários. Deve também haver um centro de imprensa para milhares de jornalistas, com salas para entrevistas e conferências de imprensa. Isto significa que nem todas as infraestruturas são adequadas”.
Depois, há a questão da disponibilidade do espaço, uma vez que é necessário estar cerca de dois meses tendo em conta toda a logística e trabalhos necessários antes do ESC propriamente dito:
– Além disso, o local tem de estar disponível para o Festival Eurovisão da Canção durante sete ou oito semanas. Porquê tanto tempo? São requeridos aproximadamente 130 camiões com luzes, tecnologias e peças do palco. Tudo isto tem de ir lá para dentro. Isso envolve uma instalação logística vasta, que requer vários dias de mão-de-obra. Então, segue-se a montagem, a instalação da tecnologia das câmaras e os ensaios técnicos. Quando os países participantes chegam, os ensaios começam, seguindo-se a semana principal da Eurovisão”.
Na infraestrutura em si, segundo o responsável, há também a questão essencial da altura do teto: “Com um teto de oito metros de altura torna-se muito difícil. É demasiado baixo sabendo quantas luzes e ventilação são necessárias sob o palco. No entanto, sendo criativo, é possível ir em várias direções”.
Por outro lado, Sietse Bakker assegurou que não há quaisquer preferências quanto ao tipo de infraestrutura, desde que corresponda aos requisitos: “É possível uma configuração como a de um estádio, mas também num local desportivo ou num centro de conferências. Em Copenhaga foi organizado num estaleiro abandonado. O telhado estava com infiltrações quando visitámos pela primeira vez, mas o Festival Eurovisão da Canção acabou por acontecer lá”.
Quanto aos aspetos financeiros, Sietse Bakker referiu-se assim às exigências: “As cidades anfitriãs têm investido entre cinco e 15 milhões de euros de forma a organizar o Festival Eurovisão da Canção nos anos recentes”.
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