Roger Waters voltou a lançar um apelo a não atuar no Festival Eurovisão da Canção (ESC), desta vez lançado a Madonna. A Rainha da Pop tem sido apontada como convidada do certame, algo ainda não confirmado, e aquele músico inglês dirigiu-lhe agora algumas palavras num artigo de opinião.
Na peça, publicada no jornal The Guardian, Roger Waters sustenta: “A aceitação de Madonna de um convite para atuar em Tel Aviv no Festival Eurovisão da Canção em maio levanta, mais uma vez, questões éticas e políticas para cada um de nós contemplar. […]. A questão que cada um de nós deve colocar a nós mesmos é esta: concordo com a Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas? Se a resposta for sim, então levanta-se a segunda questão: estou preparado para mostrar o meu apoio pelos direitos humanos e passar à ação? Irei ajudar os meus irmãos e irmãs na sua luta pelos direitos humanos, ou vou atravessar e caminhar do outro lado?”.
Mais à frente, Waters escreve: “Apelaria a todos os jovens participantes – de facto, a todos os jovens, de facto a todos os jovens e mais velhos, pelo que isso inclui Madonna – para lerem a Declaração dos Direitos Humanos da ONU. Está traduzida para 500 idiomas para que qualquer pessoa se possa informar acerca dos seus 30 artigos. Se todos nos guiássemos por eles talvez ainda pudéssemos salvar o nosso belo planeta da sua destruição iminente”.
Na opinião de Roger Waters, “até ao governo istaelita reconhecer o direito dos palestinianos à autodeterminação, os artistas devem permanecer afastados”, e defende ainda: “Alguns dos meus companheiros músicos que recentemente atuaram em Israel dizem que o estão a fazer para construir pontos e a causa da paz. Tretas. Atuar em Israel é um concerto lucrativo mas fazê-lo serve para normalizar a ocupação, o apartheid, a limpeza étnica, o aprisionamento das crianças, o abate de manifestantes desarmados… todas essas coisas más”.
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