A SMRTV, emissora de São Marino, tece fortes críticas ao Eurovision: Europe Shine a Light. Este é o conteúdo proposto pela União Europeia de Radiodifusão (EBU) para ‘fazer as vezes’ da final do Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2020 que foi cancelado devido à pandemia do coronavírus.
Desde que a decisão foi conhecida que a SMRTV sublinhou que estava contra o cancelamento, pedindo antes um adiamento do certame. Dias depois de ser anunciado o Eurovision: Europe Shine a Light, o diretor-geral da emissora, Carlo Romeo, criticou o formato em declarações ao site Eurovision In. O responsável revelou uma proposta feita:
– Propusemos uma competição para o dia da final. Um espetáculo que serve o serviço público, explicando a situação do coronavírus país a país com uma atuação de abertura com uma canção coral, competição, júri e televoto. A direção que procurávamos era mais como serviço público, mas mantendo a competição. […]. A RAI trabalhou num projeto muito próximo do nosso, mantendo a competição e os segmentos informativos com um aspeto benéfico extra, uma vez que as pessoas poderiam doar às suas organizações de saúde nacionais”.
Quanto ao Eurovision: Europe Shine a Light, Carlo Romeo sustentou que não é um formato adequado: “É uma proposta completamente inadequada no seu conteúdo durante este momento e na sua forma. Simplesmente dá a impressão de um evento fora da mão. Sem um concurso, o apelo – como todos sabemos – é quase inexistente e não será verdadeiramente um espetáculo na forma como foi apresentado, uma forma para unir as emissoras europeias que estão a agir em conjunto nesta situação de emergência”.
Posto isto, o dirigente sanmarinense admitiu a participação no Eurovision: Europe Shine a Light: “É um bonito projeto, certamente mais sólido do que o nosso, e tenho a certeza que França, Alemanha e Espanha e todos os outros terão isto em consideração… muito provavelmente juntar-nos-emos ao Europe Shine a Light. No entanto, continuaremos a sublinhar que a proposta é inadequada como foi apresentada. Continuaremos, espero que não apenas nós, a apoiar o projeto da RAI ou quaisquer outras propostas que vão na mesma direção. O coronavírus não pode repelir a televisão europeia de nenhuma forma”.
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