No regresso da rubrica «Todos os caminhos vão dar a Turim», não é só mais um país participante no Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2022 que estará em foco.
Tratamos agora da Irlanda, que como poderá perceber ou recordar escreveu muitas páginas de história no certame. Este ano é representado por Brooke Scullion com o tema That’s Rich.
A Irlanda na Eurovisão em 10 pontos
- Recordista: Falar da Irlanda, é falar do país recordista do ESC: tem sete triunfos, uma marca que ainda ninguém alcançou até hoje. A Suécia está perto, com seis.
- País mais bem-sucedido: Para além do recorde de vitórias, a Irlanda tem também 18 classificações no top cinco, o que a torna no país com mais sucesso.
- Greve provocou ausência: Em 1983 registou-se a única ausência da Irlanda por iniciativa própria da RTÉ, com a emissora a não ter recursos devido a uma greve. Em 2002, o país ficou de fora devido aos maus resultados, pelos regulamentos vigentes na altura.
- Milllstreet entre Dublin: Das sete vezes que a Irlanda acolheu o ESC, apenas uma não escolheu Dublin como cidade anfitriã: em 1993, quando rumou a Millstreet.
- Feito único: A Irlanda foi o único país a sediar o ESC por duas vezes consecutivas e um dos oito que nunca rejeitou a hipótese de o fazer. De facto, a Irlanda acolheu o ESC em três edições seguidas entre 1993 e 1995.
- Johnny Logan: Nome incontornável na história eurovisiva da Irlanda, Johnny Logan esteve envolvido em três vitórias: como intérprete em 1980 e 1987 e como autor da canção de Linda Martin em 1992.
- Pior fase da história: Apesar do passado de sucesso, a Irlanda tem passado anos complicados no ESC. Desde 2013 só por uma vez conseguiu o apuramento para a final. Foi neste período que registou o pior resultado: 18.º e último na respetiva semifinal em 2019, quando foi representada por Sarah McTernan com a canção 22.
- Prémio Marcel Bezençon: Em 2011, os Jedward e a canção Lipstick foram galardoados com o Prémio Marcel Bezençon Artístico. O duo ficou em oitavo lugar naquele que é o último top dez irlandês até hoje.
- Irlandês: O idioma Inglês foi praticamente sempre a opção da Irlanda nas suas canções. A exceção foi Ceol an Ghrá de Sandie Jones em 1972, que marcou a estreia (e até agora única ocasião) em que o Irlandês se fez ouvir no palco eurovisivo.
- Mito urbano: Corre o mito urbano que a canção da Irlanda em 1994, Rock ‘n’ Rolol Kids de Paull Harrington & Charlie McGettigan, foi escolhida propositadamente para não ganhar o ESC. Se é verdade ou não, nunca existiram provas concretas. A realidade… é que ganhou mesmo.
Perfil do país (Irlanda)
Emissora responsável: RTÉ
Chefe de delegação: Michael Kealy
Estreia: 1965; Butch Moore – Walking the Streets in the Rain (resultado: Sexto lugar)
Participações anteriores: 54
Melhor resultado: Sete vitórias (1970: Dana All Kinds of Everything ; 1980: Johnny Logan – What’s Another Year ; 1987: Johnny Logan – Hold Me Now ; 1992: Linda Martin – Why Me? ; 1993: Niam Kavanagh – In Your Eyes ; 1994: Paul Harrington & Charlie McGettigan – Rock ‘n’ Roll Kids ; 1996: Eimear Quinn – The Voice)
Pior resultado: 18.º lugar na semifinal em 2019 (Sarah McTernan – 22)
Anfitriã: Sete vezes (1971, 1981, 1988, 1993, 1994, 1995 e 1997)
Concurso de seleção nacional: Emissão especial do The Late Late Show
Representante em 2022: Brooke Scullion – That’s Rich
Semifinal em 2022: 10.º a atuar na segunda semifinal (12 de maio)
Perfil da representante (Brooke Scullion)
Nome: Brooke Scullion
Idade: 23 anos (nascida a 31 de março de 1999)
Início de carreira: 2019
Álbuns de estúdio: 0 (primeiro single: Attention, de 2020)
Géneros: Pop
Outras notas: Envolvida nas artes performativas desde muito nova, Brooke Scullion nasceu na Irlanda do Norte. Já participou em diversas produções musicais, como ‘Fame’ e ‘Mamma Mia!’, e estudou representação em Ulster. Em 2020, a artista ficou em terceiro lugar no The Voice UK.
Perfil da canção (That’s Rich)
Título: That’s Rich
Género: Pop rock
Idioma: Inglês
Intérprete: Brooke Scullion
Letra e composição: Brooke Scullion, Izzy Warner e Karl Zine
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