Em mais uma parte da rubrica «Todos os caminhos vão dar a Turim», apresentamos os Países Baixos, que voltam a apostar num resultado forte no Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2022.
A escolha, interna, da emissora neerlandesa, foi S10 com o tema De Diepte.
Os Países Baixos na Eurovisão em 10 pontos
- País fundador: Participando em 1956, os Países Baixos estão entre os fundadores do ESC. Por pouco que não são totalistas no certame.
- Dos mais bem-sucedidos: Com um total de cinco vitórias, os Países Baixos só estão atrás da Irlanda e da Suécia no número de triunfos. O último foi em 2019 por Duncan Laurence com Arcade.
- Pior resultado: Até hoje, o pior resultado dos Países Baixos foi o 21.º lugar na semifinal de 2007. Antes disso, tinham ficado sem pontos por duas vezes e em último lugar por quatro vezes, mas na grande final. Já em 2011 foram 19.º e último da respetiva semifinal.
- Quatro cidades anfitriãs: Das cinco vezes que os Países Baixos organizaram o ESC, fizeram-no em quatro cidades diferentes: Hilversum (1958), Amesterdão (1970), Haia (1976 e 1980) e Roterdão (2021).
- Três ESC numa década: Entre 1970 e 1980, os Países Baixos acolheram por três vezes o ESC. Em 1970 e 1976 depois das vitórias nos anos anteriores e em 1980 porque o vencedor do ano anterior, Israel, declinou organizar.
- Vitória a quatro: Os Países Baixos foram um dos quatro que terminaram empatados no topo do ESC 1969, e assim viram a vitória atribuída ex-aequo perante a falta de critérios de desempate. Nesse ano, fizeram-se representar por Lenny Kuhr com a canção De troubadour.
- Regresso do Neerlandês: O idioma Neerlandês regressa este ano ao ESC. Já não era usado desde 2010, sendo também a segunda vez desde 2000 que é utilizado.
- Surinamês: O Suraminês foi estreado no ESC pelos Países Baixos, marcando presença em parte da letra da canção do ano passado, Birth of a New Age de Jeangu Macrooy.
- Prémios Marcel Bezençon: Por quatro vezes houve Prémios Marcel Bezençon para canções/artistas holandeses:: o Artístico em 2003 para One More Night de Esther Hart; o Artístico e o Compositor de 2014 para Calm After the Storm dos The Common Linnets; e o Prémio Marcel Bezençon Imprensa para Arcade, de Duncan Laurence, em 2019.
- Quatro ausências: Só por quatro vezes os Países Baixos ficaram de fora do ESC: em 1985 e 1991 porque o certame coincidiu com o Dia da Memória Nacional; e em 1995 e 2002 devido aos maus resultados nos anos anteriores.
Perfil do país (Países Baixos)
Emissora responsável: AVROTROS/NPO/NOS
Chefe de delegação: Lars Lourenco
Estreia: 1956; Corry Brokken: Voorgoedvoorbij / Jetty Paerl – De vogels van Holland
Participações anteriores: 61
Melhor resultado: Cinco vitórias (1957: Corry Brokken – Net als toen; 1959: Teddy Scholten – Een beetje; 1969: Lenny Kuhr: De troubadour; 1976: Teach-In – Ding-a-Dong; 2019: Duncan Laurence – Arcade)
Pior resultado: 21.º lugar na semifinal em 2007 (Edsilia Rombley – On Top of the World)
Anfitrião: Cinco vezes (1958, 1970, 1976, 1980 e 2020/2021)
Concurso de seleção nacional: Seleção interna
Representantes em 2022: S10 – De Diepte
Semifinal em 2022: 8.º a atuar na primeira semifinal (10 de maio)
Perfil da representante (S10)
Nome: Stien den Hollander (S10)
Idade: 21 anos (nascida a 8 de novembro de 2000)
Início de carreira: 2016
Álbuns de estúdio: 2 (primeiro: Snowsniper, de 2019)
Géneros: Alt-pop, Rap
Outras notas: Stien den Hollander adotou o nome artístico S10, e com apenas 21 anos de idade tem já grande notoriedade no panorama alt-pop dos Países Baixos. Assinou o seu primeiro contrato discográfico aos 17 anos, e agora já tem colaborações com diversos artistas neerlandeses. Segundo o NRC.nl, foi diagnosticada com transtorno bipolar. A própria rapper revelou ao ANDC.tv que teve uma tentativa de suicídio, e o seu primeiro EP, Antipsychotics, está ligado aos problemas de saúde mental que teve de ultrapassar.
Perfil da canção (De Diepte)
Título: De Diepte
Género: Pop
Idioma: Neerlandês
Intérprete: S10
Letra e composição: Stien den Hollander e Arno Krabman
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