Créditos da imagem: Pedro Elias/RTP O subdiretor de programas da RTP, Gonçalo Madaíl, expressou a posição oficial da emissora pública portuguesa acerca dos vários apelos de boicote ao Festival Eurovisão da Canção (ESC) – motivados pelo facto de se realizar em Israel, país que está no epicentro do conflito israelo-árabe há diversas décadas.
Este sábado, no programa Voz do Cidadão, Gonçalo Madaíl começou por explicar que a RTP está atenta e considera que a participação no ESC é algo inclusivo:
– A RTP está naturalmente atenta ao desenrolar das tendências, da opinião pública, das movimentações sociais que acontecem em torno da participação de Portugal na Eurovisão 2019 em Israel. Entendemos, como sempre entendemos, que a nossa participação na Eurovisão é para unir e não para dividir; é inclusiva. Especialmente um ano a seguir a termos organizado a Eurovisão em Portugal sob o lema ‘All Aboard’, todos incluídos, precisamente por ser um país que não olha a divisões e a conflitos de forma específica. […]. Percebendo também que a Eurovisão tem sido um evento que visa aproximar a Europa dentro das suas diferenças celebrando a sua diversidade”.
O responsável disse igualmente: “A RTP acolheu em Lisboa no ano passado, ao abrigo da Eurovisão, países que estão em conflito aberto como é o caso da Rússia e da Ucrânia, como é o caso da Arménia e do Azerbaijão. E não olhámos para essa camada sociopolítica porque entendemos que a Eurovisão deve aproximar e é uma celebração da música e dos povos na sua diferença. Estamos naturalmente atentos mas estamos naturalmente convictos da nossa participação em Tel Aviv tal como todos os outros países que vão participar. […]. Nós, ainda para mais como organização que está a entregar a organização temos quase uma obrigação de participar”.
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