O Festival Eurovisão da Canção (ESC) raramente se abre a artistas de renome global como ‘interval acts’, sendo as duas exceções Justin Timberlake em 2016 e Madonna em 2019. E, segundo o ex-supervisor executivo Jon Ola Sand isso tem um bom motivo.
O antigo responsável disse em entrevista ao podcast Humans of Eurovision: “Oiço muito a emissora local todos os anos para garantir que a cada ano o Festival Eurovisão da Canção tem um gosto desse país. E é por isso que não fui grande fã de ter a Madonna, porque não tem nada a ver com a cultura local”.
Confrontado com a presença de Justin Timberlake em Estocolmo em 2016, Jon Ola Sand afirmou: “Está absolutamente certo e existiram grandes discussões – era importante ou não? Acho que ele fez uma grande atuação para o Festival Eurovisão da Canção em Estocolmo, acho que foi ótimo. Mas não é algo que precisemos. O Festival Eurovisão da Canção aguenta-se muito bem nas suas próprias pernas e não precisamos o Justin Timberlake. E foi por isso que só aconteceu duas vezes: o Justin Timberlake e depois a Madonna. Não creio que vá acontecer outra vez. Acho que não precisamos de uma super estrela norte-americana porque o espetáculo é, de longe, muito forte por si”.
E o norueguês reforçou: “Sim, o Justin Timberlake foi ótimo. Mas a edição de Estocolmo foi melhor do que Justin Timberlake. A edição de Estocolmo foi um ótimo espetáculo por si: os apresentadores, o valor de produção, todas as atuações no palco. Sim, acrescentou sabor, mas no núcleo é uma competição que acontece há tantos anos. E o que acrescentas à volta dela, na minha opinião, deve ter um gosto local para sentires verdadeiramente que estás a viajar para outro local. Caso contrário podias fazer a competição num local central na Europa todos os anos. É a beleza disto, viaja”.
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