
Continuamos na rubrica «Todos os caminhos vão dar a Turim» que serve de lançamento ao Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2022.
Tempo agora para nos debruçarmos sobre o Chipre, que se faz representar por Andromache, com a canção Ela, numa proposta bem diferente dos últimos anos.
O Chipre na Eurovisão em 10 pontos
- O regresso do Grego: Com a letra de Ela parcialmente nos idiomas Inglês e Grego, este último regressa ao palco pelo Chipre, que o tinha usado pela última vez em 2013 (Despina Olympiou, An me thimasai).
- O período de menos sucesso: Se atualmente o Chipre é um finalista regular, entre 2006 e 2013 isso não aconteceu, tendo conseguido apenas dois apuramentos para a grande final. A ausência em 2014 foi um ponto de viragem.
- Sétima final seguida?: O Chipre continua numa série de apuramentos consecutivos para a final que dura desde 2015. Se Andromache o repetir, será o sétimo consecutivo.
- Melhor resultado em Portugal: Eleni Foureira, com o tema Fuego, levou o Chipre ao segundo lugar no ESC 2018 realizado em Portugal. Foi o melhor resultado do país até hoje.
- Desistência: Não sendo uma situação ímpar, o Chipre foi dos poucos países a desistir do ESC depois de selecionar a sua canção. Foi em 1988, quando a emissora pública determinou que a canção era inelegível por já ter concorrido ao processo de seleção nacional em 1984.
- A «eterna» amizade: Um dos momentos que é quase surpreendente que não aconteça no ESC é a «troca» de 12 pontos entre o Chipre e a Grécia. Desde que o televoto foi introduzido em 1998, por raras vezes é que tal não aconteceu.
- Prémio Marcel Bezençon: Por duas vezes o Chipre conseguiu Prémios Marcel Bezençon: o de Compositores para o tema Stronger Every Minute de Lisa Andreas em 2004; e o Artístico para Eleni Foureira e Fuego em 2018.
- Francês: Em 2007, o Chipre teve uma inusitada proposta, devido à distância cultural: o tema Comme ci, comme ça, de Evridiki (na sua segunda participação), totalmente em Francês. O resultado foi a eliminação na semifinal.
- Intérpretes gregos: Tem sido recorrente ao longo dos anos a aposta do Chipre em artistas gregos ou greco-cipriotas, como Elena Tsagrinou, Eleni Foureira ou Tamta. Andromache, representante de 2022, é greco-alemã.
- Seleção nacional quase a voltar: Desde 2012 que o público não tem qualquer peso na decisão da canção e do artista do Chipre para o ESC. Em 2023 isso vai mudar: a canção será escolhida internamente, mas o público elegerá o intérprete.
Perfil do país (Chipre)
Emissora responsável: CyBC
Chefe de delegação: Evi Papamichael
Estreia: 1981; Island – Μonika (resultado: sexto lugar)
Participações anteriores: 36
Melhor resultado: Segundo lugar em 2018 (Eleni Foureira – Fuego)
Pior resultado: 18.º lugar na semifinal em 2011 (Christos Mylordos – San aggelos s’agapisa)
Concurso de seleção nacional: Seleção interna
Representante em 2022: Andromache – Ela
Semifinal em 2022: 9.º a atuar na segunda semifinal (12 de maio)
Perfil da representante (Andromache)
Nome: Andromache Dimitropoulou
Idade: 27 anos (nascida a 12 de outubro de 1994)
Início de carreira: 2015
Álbuns de estúdio: 0 (primeiro single: To feggari, de 2017)
Géneros: Pop
Outras notas: Antes da música e dos estudos na área, Andromache estudou Filologia Alemã. O seu percurso na música começou com a efémera participação no The Voice of Greece em 2015 onde foi até à segunda gala ao vivo.
Perfil da canção (Ela)
Título: Ela
Género: Pop étnico
Idioma: Inglês
Intérprete: Andromache
Letra e composição: Alex Papaconstantinou, Arash, Eyelar Mirzazadeh, Fatjon Miftaraj, Filloreta Raci Fifi, George Papadopoulos, Robert Uhlmann, Viktor Svensson e Yll Limani
Deixe um comentário