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Eric Saade: “Todos os erros vão ser vistos ao ser tão minimalista”

Eric Saade: “Todos os erros vão ser vistos ao ser tão minimalista” Créditos da imagem: Stina Stjernkvist/SVT
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A final do Melodifestivalen 2021 é já este sábado à noite e um dos grandes candidatos a vencer é Eric Saade. Interpreta o tema Every Minute, precisamente dez anos depois da sua vitória no certame, pelo que tenta de novo representar a Suécia no Festival Eurovisão da Canção (ESC).

Em conferência de imprensa à qual o eFestivalPT teve acesso, o cantor falou desta sua participação e lançou a final. Depois de uma primeira parte do que foi dito nesse evento, trazemos-lhe mais algumas declarações essenciais.

 

Escolha da camisola: “Sofri, mas não foi por causa da camisola. É mais porque faço alguma aeróbica ao fazer a minha dança, porque a expressão para essa parte da canção é muito explosiva. Por isso, não importa o que vestisse, estaria cansado de qualquer forma. Na verdade estou exausto depois do primeiro refrão porque enquanto se salta e anda assim tens parar para cantar outra vez é difícil. Mas adoro desafios, é divertido”.

 

Coreografia complicada no palco?: “Não creio que a coreografia seja muito complicada, nem é dançar, desta vez é mais expressão. O mais difícil é cantar no meio porque é muito explosivo, e isso é sempre difícil. Noutros programas de televisão podes mascarar e fazer o que quiseres […], mas no Melodifestivalen há regras que dizem que precisas de cantar sempre. É assim que é, não é como ficar parado a cantar uma canção – isso seria muito fácil. Mas adoro a expressão e a autenticidade de poder fazer tudo. Não quero expressar a minha canção estando parado, isso não seria interessante. E quero que as pessoas oiçam que eu esteja cansado – quero que as pessoas oiçam que estou a respirar fundo, porque é a autenticidade disto. Não tenho problema com isto, para ser honesto”.

 

Ideia da encenação: “É mais uma expressão do que uma coreografia. Danço desde criança e isso é divertido, mas vemos isso há 30 anos noutros intérpretes. Por isso quis reinventar-me desta vez e tentar fazer o que faço com o que criei em 2016. Como é que executo isso de nova forma. A dança tem tudo a ver com a expressão. Se sentiram alguma coisa quando fiz essa parte da dança que é muito explosiva, então tive sucesso, porque tem tudo a ver com isso”.

 

Parte mais difícil da atuação: “Há muitas partes difíceis, mas como é tudo tão minimalistas, tem de estar tudo perfeito, porque todos os erros vão ser vistos ao ser tão minimalista. Quando fazes uma atuação na televisão tens 50 câmaras e nós não temos isso, tudo tem de estar no ponto. É uma obra-de-arte e também difícil. Acho que isso é o mais difícil, manter minimalista e, ainda assim, bom e perfeito”.

 

Sem pressão por ser candidato nas casas de apostas: “Nem por isso. Desta vez estou a fazer uma coisa tão única, a canção é muito diferente de tudo o resto no Melodifestivalen e provavelmente de tudo na Eurovisão, e a performance também. Não há outra canção que pareça semelhante a Every Minute, o que significa que já não é competir; as pessoas precisam de escolher o que querem enviar, porque não há nada assim. Dito isto, não sinto a pressão, só quero fazer o meu trabalho ainda melhor na final e, aconteça o que acontecer, acontece”.

 

Crescimento internacional do Melodifestivalen: “É divertido ver como é que o Melodifestivalen está a ficar maior internacional. É de loucos. Creio que é porque a SVT faz mesmo um grande espetáculo televisivo, que é engraçado. E também é engraçado ver que algumas canções também se internacionalizam. […]. É engraçado ver que há um seguimento tão grande em todo o lado”.

 

O conselho a Eric Saade da vitória de 2011: “Diria para me aguentar um momento, não stressar e não lançar demasiada música num curto espaço de tempo, porque quando tens 20 anos e tens esse sucesso é fácil ficar cego – lançando sempre música, é muito difícil desenvolver capacidades musicais ou tornares-te melhor compositor quando não paras. Eu fiz uma pausa e desejava tê-lo feito mais cedo, só para me encontrar a mim, encontrar algo mais único, que fosse mais eu, que foi o que fiz em 2015 quando tive um álbum que não lancei por causa disso”.

Sobre o autor

Bernardo Matias

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