A «Todos os caminhos vão dar a Turim» ruma de novo a norte da Europa na apresentação dos participantes do Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2022.
Passamos agora em revista a história eurovisiva da Finlândia e apresentamos o perfil dos seus representantes este ano: os The Rasmus, com a canção Jezebel.
A Finlândia na Eurovisão em 10 pontos
- Início (muito) tímido: A Finlândia estreou-se no ESC em 1961, na sexta edição, mas os seus primeiros anos não foram nada fáceis: nas suas primeiras oito presenças, terminou por três vezes em último lugar (duas delas sem pontos).
- Nuku pommiin: A canção Nuku pommiin é uma das menos de duas dezenas do sistema de pontos atual (instituído em 1975) que não recebeu qualquer pontos.
- Últimos lugares: A Finlândia é um dos países que mais vezes ficou em último lugar: foram nove em finais, mais duas em semifinais.
- Um longo «jejum»: Em 2006, a Finlândia surpreendeu com os irreverentes Lordi e a canção Hard Rock Hallelujah, vencendo pela primeira vez (até agora única) na história. Então, foi um recorde quebrado de 45 anos sem vitórias, que em 2017 Portugal superou ao colocar um ponto final a 53 anos de espera.
- Recorde: Os Lordi e Hard Rock Hallelujah somaram um total de 292 pontos, quer na final, quer na semifinalm em 2006. Na altura, constituiu um recorde de pontuação numa final que só viria a ser superado em 2009 por Alexander Rybak e Fairytale (Noruega).
- Canção mais curta de sempre: No ESC 2016, a Finlândia inovou: enviou a canção Aina mun pitää, do grupo Pertti Kurikan Nimipäivät, que com 1m27s foi a mais curta de sempre até aos dias de hoje.
- Finais raras: Nem mesmo depois da vitória de 2006 a Finlândia conseguiu inverter o rumo dos seus resultados no ESC de forma sólida. Desde então, só conseguiu mais sete apuramentos para a final (excluindo 2007, quando foi finalista automática por ser anfitriã). O último foi no ano passado, com os Blind Channel a serem sextos no melhor resultado finlandês desde o triunfo.
- Finlandês maioritário: A maioria das canções da Finlândia até agora foram em idioma Finlandês, mas desde 2000 esse foi usado apenas por três vezes. O Sueco foi utilizado em 1990 e 2012, sendo um idioma oficial na Finlândia.
- Prémios Marcel Bezençon: Por três vezes a Finlândia recebeu Prémios Marcel Bezençon: em 2002 o Prémio de Fãs foi atribuído a Addicted to You e Laura Voutilainen; em 2006 os Lordi e Hard Rock Hallelujah receberam o Prémio de Imprensa; e o mesmo galardão foi atribuído em 2011 a Da Da Dam e Paradise Oskar.
- Sempre seleção nacional: A Finlândia deu sempre a escolher ao público a seleção de parte ou da totalidade da sua representação no ESC. Só em 2018 e 2019 é que o artista foi selecionado internamente; de resto, houve sempre seleção nacional entre o antigo Euroviisukarsinta (1961-2011) e o atual UMK.
Perfil do país (Finlândia)
Emissora responsável: Yle
Chefe de delegação: Terhi Norvasto
Estreia: 1961; Laila Kinnunen – Valoa ikkunassa (resultado: décimo lugar)
Participações anteriores: 59
Melhor resultado: Vitória (2006: Lordi – Hard Rock Hallelujah)
Pior resultado: 18.º lugar na semifinal em 2005 (Geir Rönning – Why?)
Anfitrião: Uma vez (2007)
Concurso de seleção nacional: Uuden Musiikin Kilpailu
Representante em 2022: The Rasmus – Jezebel
Semifinal em 2022: 1.º a atuar na segunda semifinal (12 de maio)
Perfil dos representantes (The Rasmus)
Integrantes: Lauri Ylönen (voz), Aki Hakala (bateria), Eero Heinonen (baixo) e Emilia Suhonen (guitarra)
Fundação: 1994
Álbuns de estúdio: 9 (primeiro: Peep, de 1996)
Géneros: Rock (vários sub-géneros de rock)
Outras notas: Os The Rasmus tiveram, antes, outros três membros que saíram entretanto: Pauli Rantasalmi já em 2022, sendo substituído por Emilia Suhonen. O single de maior sucesso da banda, In The Shadows de 2003, vendeu mais de cinco milhões de álbuns em todo o mundo valendo diversos prémios nacionais e internacionais.
Perfil da canção (Jezebel)
Título: Jezebel
Género: Rock
Idioma: Inglês
Intérpretes: The Rasmus
Letra e composição: Lauri Ylönen e Desmond Child
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