Destaque Festival Eurovisão da Canção ESC 2019 Multimédia

Poderá a canção da Holanda infringir regra do ESC ao ter sido interpretada em público em 2017?

Poderá a canção da Holanda infringir regra do ESC ao ter sido interpretada em público em 2017? Imagem: facebook.com/itsduncanlaurence
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Pelas casas de apostas e sondagens das associações de fãs, a Holanda perfila-se como grande favorita a ganhar o Festival Eurovisão da Canção (ESC)… mas pode haver polémica à vista. É que surgiu um vídeo de Duncan Laurence a interpretar Arcade em público no ano de 2017. É uma atuação para um grupo restrito de pessoas num late-night show de estudantes em que o intérprete é acompanhado de dois músicos, e o tema que leva ao ESC surge com a composição e letra atual.

E isto poderá constituir uma quebra das regras da Eurovisão? O regulamento é claro quanto à data de divulgação dos temas: “As composições (letra e música) não podem ter sido comercialmente lançadas antes de 1 de setembro de 2018 (a Data de Lançamento). Caso a composição tenha sido disponibilizada ao público, por exemplo, mas não apenas, em plataformas de vídeo online, redes sociais ou bases de dados (semi) publicamente acessíveis, e ou interpretadas publicamente, por exemplo mas não apenas durante concertos, a emissora participante tem de informar o Supervisor Executivo do ESC [Jon Ola Sand], que deve ter a autoridade de avaliar se a composição é elegível para a participação no evento”.

Pode ler-se ainda no regulamento: “Em particular, o supervisor executivo do ESC deve avaliar se tal divulgação antes da Data de Lançamento tem a probabilidade de dar à composição uma vantagem no evento face às outras composições. O Supervisor Executivo do ESC deve autorizar ou negar a participação da composição que pode ter estado disponível ao público como descrito anteriormente, sujeito a aprovação prévia do Grupo de Referência”.

Uma coisa é clara: Arcade foi apresentada muito antes da data de lançamento estipulada. Contudo, é também uma certeza que um vídeo com poucas centenas (agora poucos milhares) de visualizações não dá uma vantagem competitiva perante o público de milhões do ESC. Para além disso, a atuação em causa é para um grupo pequeno de estudantes holandeses que nem sequer podem votar (dentro do seu próprio país). Mas também há a questão de se a AVROTROS informou da situação, e isso é uma incógnita, bem como as eventuais consequências se não o fez.

Esta não é, de longe, a primeira vez que um problema do género se coloca. Ainda recentemente, em 2016, a canção vencedora 1944 foi alvo de uma petição à EBU para a desclassificação por ter sido defendida ao vivo em 2015. Já no ano passado, Alekseev interpretou Forever muitos meses antes da data de lançamento do ano passado num concerto. Estes são dois casos recentes em que, segundo o wiwibloggs.com, a União Europeia de Radiodifusão (EBU) confirmou que não existiu qualquer violação dos regulamentos em vigor.

Esta é a atuação em causa:

Sobre o autor

Bernardo Matias

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