Imagem: Captura de ecrã RAI O sistema de votação do Festival de Sanremo pode sofrer modificações, depois de toda a polémica na edição deste ano. Mahmood teve apenas 20,95 por cento do televoto contra os 48,8 por cento de Ultimo mas, mesmo com o voto do público a valer 50 por cento, o intérprete de Soldi conseguiu ser o grande vencedor graças aos outros 50 por cento: júri de honra e jornalistas.
Ultimo fez este reparo nas redes sociais mas a própria emissora RAI admite que pode não ser o melhor método possível. Desde logo pela voz do seu presidente Marcello Foa, que não escondeu o desequilíbrio existente citado pelo ilgiornale.it: “Houve uma desproporção, um claro desequilíbrio entre o voto popular e um júri composto por algumas dezenas de pessoas que causou controvérsia. Esta é uma verdadeira questão para nos fazer refletir, não? Devia ser também claramente corrigido porque o público sente-se representado”.
O diretor artístico Claudio Baglioni comentou: “Honestamente há um certo receio de reduzir o peso ou remover o voto da sala de imprensa porque teme-se que possa ser criado um clima hostil, ainda que eu não acredite que isso possa acontecer. A mistura de júris arrisca a ser questionável, escolhas um caminho ou outro, arriscas ter elementos muito discordantes. Se o Festival quer ser um evento popular devia ser só gerido pelo televoto, o júri de honra ou peritos ou a qualidade é algo da televisão, eles pensam que tendo mais caras da tv as coisas são melhores”.
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