Créditos da imagem: Stina Stjernkvist/SVT Eric Saade atuou como convidado na primeira semifinal do Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2024 e, apesar de ser contra as regras, expressou uma aparente mensagem política.
O artista, de raízes palestinianas, que representou a Suécia em 2011, utilizou um lenço tradicional da Palestina, o keffieyh, enrolado num pulso durante a atuação. Este é visto como um símbolo da resistência e nacionalismo palestiniano. Eric Saade participou no número de abertura com Eleni Foureira e Chanel.
A União Europeia de Radiodifusão (EBU) reagiu através de um porta-voz citado pelo Independent: “O Festival Eurovisão da Canção é um programa de televisão em direto. Todos os artistas são informados das regras, e lamentamos que Eric Saade tenha optado por comprometer a natureza não política do evento”.
Da sua parte, Eric Saade não ficou calado, utilizando as redes sociais para se defender e atacar a EBU, lamentando uma atitude que considera racista e que vai contra as suas origens étnicas:
– Esta foi simplesmente a minha forma de mostrar uma parte da minha origem, o que é importante num mundo como este. Recebi aquele keffiyeh do meu pai quando eu era criança, para nunca me esquecer de onde vem a família. Na altura, não sabia que um dia seria chamado de «símbolo político» pela EBU. É como chamar o «Cavalo de Dalarna sueco» de símbolo político. A meu ver, é simplesmente racismo. Só queria ser inclusivo e vestir algo que é autêntico para mim – mas a EBU parece pensar que a minha etnicidade é controversa. Isto não diz nada sobre mim, mas tudo sobre eles. Manter-me-ei com o slogan do ESC deste ano: Unidos pela música! Só posso esperar algum tipo de mudança no futuro…”.
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