Destaque ESC 2024 Festival Eurovisão da Canção

Semifinal 1 da Eurovisão 2024 apurou estes 10 finalistas… e Portugal é um deles

Semifinal 1 da Eurovisão 2024 apurou estes 10 finalistas… e Portugal é um deles Créditos das imagens: © EBU / Sarah Louise Bennett
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Estão definidos os dez apurados da primeira semifinal para a grande final do Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2024.

Esta terça-feira, a Malmö Arena recebeu a primeira semifinal do evento, com 15 países a competirem. Os dez mais votados pelo público conseguiram as vagas na grande final de sábado.

 

Resultados

(Clique nos títulos das canções para ver as atuações)

 

O resumo do espetáculo

Início em grande da edição de 2024 do Festival Eurovisão da Canção, com as atuações das estrelas Eleni Foureira, Eric Saade e Chanel que interpretaram as canções com que participaram num momento espetacular e nostálgico. Depois, subiram ao palco as apresentadoras Malin Åkerman e Petra Mede, com as habituais apresentações e introdução que deram lugar às atuações.

Os postcard tiveram um impacto imediato pela diferença face a anos anteriores, recordando cada um duas participações anteriores do país. Mostram, depois os concorrentes deste ano no respetivo país e terra-natal.

Outra das novidades foi a atuação ao vivo de finalistas automáticos, neste caso os representantes da Alemanha, Reino Unido e Suécia que são os finalistas automáticos que votam nesta semifinal.

 

1. Chipre: Silia Kapsis – Liar

  • Postcard: Hara & Andreas Konstantinou (1997) e Ivi Adamou (2012)
  • Atuação: A intérprete, Silia Kapsis, esteve vestida de branco, sendo acompanhada de quatro dançarinos. O palco teve tons e grafismos escuros. Muito dinamismo e movimento a abrir a ordem de atuação.

 

2. Sérvia: Teya Dora – Ramonda

  • Postcard: Marija Šerifović (2007, vencedora) e Konstrakta (2022)
  • Atuação: Começou com muito efeito de fumo, planos de imagem amplos. Teya Dora, sozinha em palco, esteve numa estrutura que imita um pequeno rochedo, levantando-se depois à medida que a canção ganhou ímpeto. A cenografia foi marcada pelo escuro, numa atuação que apelou muito aos sentimentos e comoções.

 

3. Lituânia: Silvester Belt – Luktelk

  • Postcard: Donny Montell (2012) e The Roop (2021)
  • Atuação: Além de Silvester Belt, foram quatro os dançarinos mascarados em palco. A cor azul escura marcou o início da atuação, evoluindo depois para o vermelho. Grafismos deram um colorido e complementaram a atuação, num ambiente digno de música eletrónica.

 

4. Irlanda: Bambie Thug – Doomsday Blue

  • Postcard: Johnny Logan (1987, vencedor) e Jedward (2011)
  • Atuação: Bambie Thug esteve acompanhada de um dançarino. Este foi um dos stagings mais marcantes da noite: um candeeiro de velas, motivos góticos e satânicos, muito fogo no final, num ambiente «creepy» e demoníaco que não deixa ninguém indiferente.

 

Após a atuação da Irlanda, houve uma pequena pausa no desfile de canções, antes da primeira atuação de um finalista automático: Olly Alexander, do Reino Unido.

 

Reino Unido: Olly Alexander – Dizzy

  • Postcard: Sandie Shaw (1967, vencedora) e Sam Ryder (2022)
  • Atuação: Olly Alexander começou deitado no palco dentro de uma estrutura cúbica que imita o interior de uma casa de banho, com o plano televisivo a revelar-se aos poucos. O intérprete foi acompanhado de quatro dançarinos. É dentro da estrutura que parte da atuação se desenrola, com variações na inclinação dos planos para dar o efeito «Dizzy» («tontura»), antes de o intérprete os dançarinos saírem,

 

5. Ucrânia: alyona alyona & Jerry Heil – Teresa & Maria

  • Postcard: Ruslana (2004, vencedora) e Go_A (2021)
  • Atuação: A iluminação foi predominantemente em tons quentes de amarelo alaranjado, mas também com o efeito de água no piso. Jerry Heil parecia estar sozinha nos primeiros segundos, antes de se juntar alyonoa alyona na fase mais hip hop da canção. As artistas usaram também uma estrutura que imita um pequeno rochedo. No final, as artistas estiveram deitadas no palco, que mostrava as imagens de várias mulheres. Foi uma atuação com uma certa carga emocional, tal como a canção.

 

6. Polónia: Luna – The Tower

  • Postcard: Edyta Górniak (1994) e Donatan & Cleo (2014)
  • Atuação: Com Luna, estiveram três dançarinos, e duas torres como que num tabuleiro de xadrez. Os ecrãs LED de fundo estiveram repletos de grafismos ao longo da atuação, em que a cantora se movimentou largamente pelo palco. Uma das atuações mais dinâmicas a que se assistiu até esse ponto, terminando com muita pirotecnica.

 

7. Croácia: Baby Lasagna – Baby Lasagna

  • Postcard: Doris Dragović (1999) e Let 3 (2023)
  • Atuação: Como um dos grandes favoritos à vitória, Baby Lasagna teve uma atuação muito «sui generis». Rendas adornaram não só a indumentária, como também alguns instrumentos. Muita energia e movimento, incluindo das câmaras, como impõe a canção, uma mistura entre metal, techno e trap. E, claro, a pirotecnia não faltou.

 

8. Islândia: Hera Björk – Scared of Heights

  • Postcard: Icy (1986) e Daði og Gagnamagnið (2021)
  • Atuação: De volta ao ESC mais de uma década depois, Hera Björk trouxe uma canção pop, com alguma sonoridade dos anos 1990. A intérprete esteve sozinha em palco, começando numa estrutura alta. O dinamismo foi conferido pela iluminação e grafismos coloridos.

 

Terminada a Islândia, houve um pequeno intervalo nas atuações e para algumas emissoras transmitirem publicidade, mas não no espetáculo que continuou na arena… juntando músicas do ESC a filmes de Ingrid Bergman.

 

Alemanha: Isaak – Always On The Run

  • Postcard: Mekado (1994) e Lena (2010, vencedora)
  • Atuação: Isaak começou num ambiente que se assemelha a uma pequena sala de estar, vestido com roupas escuras. Quando a canção ganhou ímpeto, o palco «incendiou», numa atuação com muitas chamas. O cantor saiu, posteriormente, da estrutura, evoluindo para um dos cantos da cruz que forma o palco principal.

 

9. Eslovénia: Raiven – Veronika

  • Postcard: Nuša Derenda (2001) e Zala Kralj and Gašper Šantl (2019)
  • Atuação: No início da atuação, viu-se Raiven deitada no palco, envolta em fumo, com tons azul escuro. Mais tarde juntaram-se cinco dançarinos, mantendo-se o fumo que, em conjunto com os grafismos, deu a certo ponto o efeito de nuvens e, depois de um oceano tempestuoso.

 

10. Finlândia: Windows95man – No Rules!

  • Postcard: Catcat (1994) e Käärijä (2023)
  • Atuação: O duo começou dentro de um «ovo». Um dos intérpretes, Windows95man, esteve vestido com uma camisola que remete para aquele sistema operativo, e quase nu daí para baixo, movimentando-se pelo palco. Uma atuação muito irreverente, à qual se juntaram dois dançarinos. Os grafismos mostraram nuvens. Foram três minutos que remeteram para os bangers dos anos 1980 e 1990

 

11. Moldova: Natalia Barbu – In The Middle

  • Postcard: Zdob și Zdub (2007) e SunStroke Project and Olia Tira (2010)
  • Atuação: Vestida com um vestido branco, Natalia Brabu começou sozinha num palco dominado pelos tons azul e lilás. Apesar dos grafismos imprimirem alguma moção, com a cor e as flores e a árvore que surgiu mais tarde, faltou um pouco de dinâmica à atuação de Natalia Barbu, que está muito estática quando a canção pede mais movimento. Posteriormente, a cor evoluiu para tons de amarelo e, em certo ponto, o grafismo deu o efeito de a cantora ter um par de asas.

 

Quando Natalia Barbu deixou o palco, houve uma pequena pausa nas atuações, para as apresentadoras introduzirem mais um país apurado diretamente para a final que atuou nesta semifinal: a anfitriã Suécia.

 

Suécia: Marcus & Martinus – Unforgettable

  • Postcard: Carola(1983) e Loreen (2023, vencedora)
  • Atuação: A atuação começou com o escuro, pontuado por vermelho e branco. Só depois é que Marcus & Martinus se tornaram mais visíveis à medida que os grafismos e iluminação se tornaram claros. Estiveram dentro de uma espécie de corredor e, mais tarde, juntaram-se quatro dançarinos. Uma canção dance pop, com o movimento, luzes e grafismos a acompanharem na perfeição os ritmos sonoros.

 

12. Azerbaijão: Fahree feat. Ilkin Dovlatov – Özünlə apar

  • Postcard: Aysel & Arash (2009) e Ell & Nikki (2011, vencedores)
  • Atuação: Com o grafismo a revelar a Lua a nascer entre montanhas e, depois, uma cabeça e braços humanos a emergirem da água, Fahree começou sozinho no palco, com uma roupa cinzenta e preta. Posteriormente juntou-se Ilkin Dovlatovl. O palco nunca deixou de ser dominado por uma certa escuridão, e a iluminação e grafismos a alternarem entre branco, auzl e cinzento. As mãos humanas terminaram como um grafismo no centro do palco.

 

13. Austrália: Electric Fields – One Milkali (One Blood)

  • Postcard: Guy Sebastian (2015) e Kate Miller-Heidke (2019)
  • Atuação: O duo Electric Fields prestou um verdadeiro tributo à cultura aborígene australiana, através da indumentária e encenação, ao mesmo tempo que tem uma sonoridade eletrónica e soul. Um palco rico em cores quentes e grafismos dinâmicos. Juntaram-se também três dançarinos, um deles adornado como um aborígene tribal australiano. Um momento rico e de diversidade cultural no palco em Malmö.

 

14. Portugal: iolanda – Grito

  • Postcard: Doce (1982) e Salvador Sobral (2017, vencedor)
  • Atuação: O branco domina a indumentária de Portugal, em que a cantora iolanda foi acompanhada de quatro dançarinos mascarados com renda. Foi uma das canções que apelou às emoções e «à lágrima», diferenciando-se por isso. A dinâmica foi dada pelos dançarinos, mas também pelo jogo de luzes brancas contrastando com o escuro do fundo do palco.

 

15. Luxemburgo: Tali – Fighter

  • Postcard: France Gall (1965, vencedora) e Lara Fabian (1988)
  • Atuação: Bem-vindo de volta, Luxemburgo! Após 31 anos, o Grão-Ducado voltou ao ESC, representado por Tali. A cantora, com cinco dançarinos, começou dentro de uma pequena estrutura da qual saiu quando o ritmo subiu. Foi uma atuação dinâmica a todos os níveis: cores quentes, grafismos que até mostram um leopardo a certo ponto, pirotecnia e dança. Regresso interessante por parte do Luxemburgo.

 

Terminadas as atuações, foi o momento chave de dar início às votações, o que ficou a cargo das duas apresentadoras Malin Åkerman e Petra Mede. Seguiu-se uma primeira recapitulação das canções.

Johnny Logan, vencedor do ESC em 1980 e 1987, foi o primeiro interval act. Acompanhado de uma orquestra de cordas, cantou a primeira canção vencedora de Loreen: Euphoria (2012).

Seguiu-se uma passagem pela green room, assim como conteúdo de bastidores da Turquoise Carpet. Depois de nova recapitulação das atuações, foram fechadas as votações. Na sequência, houve uma antevisão da segunda semifinal e um tributo a Nicole e Hugo – representantes belgas em 1973.

Ainda haveria tempo para mais um interval act antes dos resultados: Benjamin Ingrosso, representante da Suécia em 2018, que cantou alguns dos seus maiores sucessos: Who’s Laughing NowKiteHoney Boy.

Foi depois transmitida uma VT que deu destaque a algumas canções da história do ESC. Para os resultados serem anunciados, as portas da green abriram-se atrás do palco. Martin Österdahl, supervisor-executivo, deu a «luz verde» para proceder com o anúncio dos apurados com a já famosa frase «You’re good to go».

Foram então anunciados os apurados, por esta ordem: Sérvia, Portugal, Eslovénia, Ucrânia, Lituânia, Finlândia, Chipre, Croácia, Irlanda e Luxemburgo

Como é tradição, a semifinal terminou com a recapitulação das canções apuradas e com os artistas em clima de celebração no palco.

Sobre o autor

Bernardo Matias

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